CONTRADIÇÕES NA PRODUÇÃO HABITACIONAL EM SÃO LUÍS
A moradia se institui como elemento chave na qualidade de vida das pessoas, ao longo dos séculos assumiu papel distinto na forma de atuação do estado. A propriedade privada e a prática de acumulação de bens de ordem capitalista, acentuou as disparidades do padrão de habitação entre as classes sociais. Das luxuosas mansões com caráter personalizado às casas com baixo atendimento ao individualismo das famílias nos conjuntos habitacionais.
O Estado como regulador das necessidades da população não deve atuar só no campo teórico com a formulação de leis, e nem pode continuar a repetir na prática residências que trazem consigo uma série elementos negativos, como a falta de identificação do morador com o imóvel, o sentimento de insegurança e violência, depreciação de espaços públicos, mobilidade, serviços públicos precários, dentre outros aspectos que fortalecerão laços das pessoas com o seu habitat, passando da categoria de uma simples habitação a um ambiente que pode ser chamado de “lar”.Um olhar mais aprofundado analisa o discurso do Estado como criador de condições adequadas de moradia questionando se de fato reflete os interesses das pessoas que usam as casas ou capital imobiliário. Realidades que compartilham da influência de forças do capital e que evidenciam contradições na produção habitacional dentro da ilha de São Luís serão objeto de análise deste artigo.
CONTRADIÇÕES NA PRODUÇÃO HABITACIONAL EM SÃO LUÍS
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DOI: 10.22533/at.ed.0842127049
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Palavras-chave: Contradições, Habitação, São Luís
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Keywords: Contradictions, Housing, São Luís
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Abstract:
Housing is established as a key element in people's quality of life, over the centuries it has assumed a distinct role in the state's performance. Private property and the practice of accumulation of capitalist goods accentuated the disparities in the pattern of housing among social classes. From luxurious mansions with character to personalized homes with low attention to the individualism of families in housing developments. The State as regulator of population needs should not only act in the theoretical field with the formulation of laws, nor can it continue to repeat in practice residences that bring with them a number of negative elements, such as the lack of identification of the resident with the property, the feeling of insecurity and violence, depreciation of public spaces, mobility, precarious public services, in other aspects that will strengthen people's ties with their habitat, moving from the category of a simple housing to an environment that can be called a home. A closer look analyzes the discourse of the state as the creator of adequate housing conditions questioning whether it in fact reflects the interests of people who use houses or real estate capital. Realities that share the influence of forces of capital and that show contradictions in the housing production within the island of São Luís will be the object of analysis of this article.
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Número de páginas: 15
- José Ricardo de Jesus Pinto Cordeiro