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capa do ebook Consumo de carne vermelha e processada pela população adulta de Ribeirão Preto, Brasil.

Consumo de carne vermelha e processada pela população adulta de Ribeirão Preto, Brasil.

: Em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou a carne processada como carcinógeno do Grupo 1. Carne processada é a carne que foi curada, salgada, defumada ou preservada de alguma forma, como bacon, salsichas, presunto, salame e calabresa. Essa classificação foi baseada em evidências suficientes em humanos de que o consumo de carnes processadas pode causar câncer colorretal. Além disso, a carne vermelha foi classificada como carcinógena do Grupo 2A devido a evidências limitadas de que o consumo de carne vermelha causa câncer em humanos e fortes evidências mecanicistas que sustentam um efeito carcinogênico. O Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e o Instituto Nacional do Câncer (Ministério da Saúde) recomendam evitar ao máximo a carne processada. O consumo de carne vermelha não deve exceder três porções de carne vermelha por semana, em torno de 350 a 500 gramas. Este trabalho teve como objetivo obter dados sobre o consumo de carne processada e vermelha entre a população adulta (18 a 69 anos) residentes em Ribeirão Preto, Brasil. Cento e cinquenta e um participantes (61 homens e 90 mulheres) responderam um Inquérito Recordatório de 7 dias, onde informaram a quantidade de carne consumida todos os dias. Sessenta e oito participantes (45%) relataram consumir mais de 50 g de carne processada por semana e 26% consomem mais de 100 g por semana. Em relação à ingestão de carne vermelha, os resultados obtidos mostraram que 78 participantes (51%) consomem mais de 350 g e entre esses, 69 indivíduos (46%) consomem mais de 500 g. Altos consumidores (percentil 90) relataram um consumo de até 1060 g de carne vermelha por semana e cerca de179 g de carne processada. A ingestão de carne vermelha e processada por metade da população avaliada é superior à quantidade ideal. As evidências científicas também vinculam o padrão alimentar observado neste estudo ao risco de morte por doenças cardiovasculares, risco de acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2.

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Consumo de carne vermelha e processada pela população adulta de Ribeirão Preto, Brasil.

  • DOI: 10.22533/at.ed. 8652027052

  • Palavras-chave: carne vermelha, carne processada, ingestão de alimentos, câncer.

  • Keywords: red meat, processed meat, cancer, food intake

  • Abstract:

    In 2015 the International Agency for Research on Cancer (IARC) classified processed meat as a Group 1 carcinogen. Processed meat is meat that has been cured, salted, smoked, or otherwise preserved in some way, such as bacon, sausages, ham, salami, and pepperoni. This classification was based on sufficient evidence in humans that the consumption of processed meats causes colorectal cancer. Additionally, red meat has been classified as a Group 2A carcinogen due to limited evidence that consumption of red meat causes cancer in humans and strong mechanistic evidence supporting a carcinogenic effect. The World Cancer Research Fund and the National Cancer Institute (Brazilian Ministry of Health) recommend avoiding processed meat as much as possible. The consumption of red meat should not exceed three portions of red meat per week, around 350 to 500 grams. This work aimed to obtain data about processed and red meat consumption among the adult population (18-69 years old) residents in Ribeirão Preto, Brazil. One-hundred and fifty-one participants (61 males and 90 females) answered a 7-days Recordatory Recall, where they informed the amount of meat consumed each day.  Sixty-eight participants (45%) reported consuming more than 50 g of processed meat per week and, 26% consume more than 100 g per week. Regarding red meat intake, results obtained showed that 78 participants (51%) consume more than 350 g, and 69 individuals (46%) consume more than 500 g.  High consumers (90th percentile) related an intake of up to 1060 g of red meat per week and around 179 g of processed meat. Intake of red and processed meat by half of the population evaluated is higher than the optimal amount. Scientific evidence also links the dietary pattern observed in this study to risk of death from cardiovascular diseases, risk of stroke, and type 2 diabetes.

  • Número de páginas: 14

  • Izabela Guerra Pereira
  • Thayná Francisquelli Zanin
  • Gabriela de Oliveira Almeida
  • Maria Victoria Vicente
  • Alessandra Vincenzi Jager
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