CONSUMO ALIMENTAR E DEPRESSÃO: EVIDÊNCIAS ATUAIS
Um campo emergente de estudo e ainda pouco explorado no contexto da saúde, alimentação e nutrição consiste na avaliação das relações entre a ingestão alimentar e a saúde mental. Nas últimas décadas, estudos epidemiológicos têm apontado que a dieta pode desempenhar um papel importante, investigando-se a relação entre a ingestão de determinados alimentos e/ou nutrientes e risco de depressão. Por ser uma doença multifatorial, há uma ampla gama de causas potenciais, a ingestão de alimentos e a qualidade dos alimentos ingeridos teriam impacto na função cerebral, que está diretamente relacionada a etiologia da depressão. Pessoas consideradas saudáveis, do ponto de vista dietético, são menos propensas a terem depressão. Estudos já demonstraram que, devido a ação do folato sobre o sistema nervoso central, este poderia ter um apel importante na etiologia e curso da depressão. A vitamina D e o ômega 3 são os nutrientes mais estudados, cuja associação com a depressão já está bem comprovada. Recomenda-se a suplementação com ômega 3 para prevenção e tratamento, assim como a adoção da dieta mediterrânea, aumento no consumo de frutas, vegetais, legumes, cereais integrais, nozes e sementes, e redução da ingestão de alimentos processados, produtos de panificação comercial e doces. Pesquisas futuras são necessárias para o entendimento dos mecanismos de ação e estabelecimento de outras recomendações.
CONSUMO ALIMENTAR E DEPRESSÃO: EVIDÊNCIAS ATUAIS
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DOI: 10.22533/at.ed.0682123081
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Palavras-chave: Consumo alimentar; Padrões de dieta; Nutrientes; Depressão; Transtornos mentais.
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Keywords: Food intake; Food patterns; Nutrients; Depression; Mental Disorders.
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Abstract:
An emerging field of study and still little explored in the context of health, food and nutrition is the assessment of the relationship between food intake and mental health. In recent decades, epidemiological studies have pointed out that diet can play an important role, investigating the relationship between the intake of certain foods and/or nutrients and risk of depression. Because it is a multifactorial disease, there is a wide range of potential causes, food intake and the quality of food eaten would have an impact on brain function, which is directly related to the etiology of depression. People who are considered healthy, from a dietary point of view, are less likely to have depression. Studies have already shown that, due to the action of folate on the central nervous system, it could have an important appeal in the etiology and course of depression. Vitamin D and omega 3 are the most studied nutrients, whose association with depression is already well proven. Omega 3 supplementation is recommended for prevention and treatment, as well as the adoption of the Mediterranean diet, increased consumption of fruits, vegetables, legumes, whole grains, nuts and seeds, and reduced intake of processed foods, commercial bakery products and sweets. Future research is necessary to understand the mechanisms of action and establish other recommendations.
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Número de páginas: 15
- Lara Onofre Ferriani