Construindo uma economia solidaria e inclusiva e uma trajetória constitutiva do bem viver: empreendedorismo solidário e participação das mulheres
Este artigo analisa a contribuição da economia solidária para o desenvolvimento humano e o bem-estar das empreendedoras solidárias. Enfatiza a importância das políticas públicas e do acesso à renda mediante a produção e comercialização de bens e serviços, produzidos por meio de uma estrutura que prima pela geração de renda e de oportunidades reais para aqueles que se encontram nas franjas do mercado e que participam das feiras de economia solidária. Dessa forma, objetiva analisar a economia solidária como um modo de produção que possibilita o trabalho sem vínculo empregatício e que, mesmo presente nas bases do sistema capitalista, busca outros caminhos de consolidação de um modo de produção mais adaptativo às necessidades dos seus seguidores, baseado nos princípios da cooperação, da autogestão, da solidariedade e da dimensão econômica. Expõe a análise de resultados de uma pesquisa quantitativa e qualitativa realizada com os empreendedores solidários, com os respectivos representantes de associações e do Fórum Metropolitano de Economia Solidária de Belo Horizonte – Minas Gerais | Brasil. Discute o processo de fortalecimento, capacitação, formação, empoderamento das produtoras e apresenta novas perspectivas em relação à inserção mercadológica efetiva dos produtos solidários e a melhoria das condições de vida das participantes do movimento então denominado “Economia Solidária”. Constata-se que a economia solidária, por meio de uma construção coletiva (democrática), cooperativa e inclusiva, proporciona o desenvolvimento humanístico e econômico e o bem viver de suas participantes.
Construindo uma economia solidaria e inclusiva e uma trajetória constitutiva do bem viver: empreendedorismo solidário e participação das mulheres
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DOI: 10.22533/at.ed.1102223033
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Palavras-chave: Modo de produção; Economia Solidária; Trabalho; Gênero; Bem viver
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Keywords: Production mode; Solidarity economy; Work; Gender; well live
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Abstract:
This article analyzes the contribution of the solidarity economy to the human development and well-being of solidarity entrepreneurs. It emphasizes the importance of public policies and access to income through the production and commercialization of goods and services, produced through a structure that strives for income generation and real opportunities for those who are on the fringes of the market and who participate in the solidarity economy fairs. In this way, it aims to analyze the solidarity economy as a mode of production that allows work without an employment relationship and that, even present in the bases of the capitalist system, seeks other ways of consolidating a mode of production that is more adaptive to the needs of its followers, based on in the principles of cooperation, self-management, solidarity and the economic dimension. It presents the analysis of the results of a quantitative and qualitative research carried out with solidarity entrepreneurs, with the respective representatives of associations and the Metropolitan Forum of Solidarity Economy in Belo Horizonte – Minas Gerais | Brazil. It discusses the process of strengthening, training, training, empowerment of producers and presents new perspectives in relation to the effective market insertion of solidary products and the improvement of the living conditions of the participants of the movement then called “Solidarity Economy”. Likewise, it appears that the solidarity economy through a collective (democratic), cooperative and inclusive construction, provides humanistic and economic development and the good living of its participants.
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Número de páginas: 15
- Emmanuele Araújo da Silveira
- Karen Munhoz de Oliveira
- Tania Cristina Teixeira