CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO REFLEXIVO NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E A FORMAÇÃO DOCENTE
É função da escola fazer com que todos percebam a complexidade e importância do ato comunicativo, o que inclui não somente compreender o mundo, mas também como a linguagem se refere a ele e como o que é dito se modifica de acordo com as infinitas combinações possíveis.
Para que a comunicação ocorra é preciso disponibilizar meios e encontrar estratégias para que o conhecimento linguístico seja cada vez mais democratizado, funcional e eficiente como suporte à emancipação. De forma geral, é preciso repensar o ensino, é preciso aceitar as diferenças entre língua fluída e língua imaginária, e, por fim, duvidar daquela concepção que ainda percebe a língua como ideal, na qual o sujeito teria controle absoluto do seu dizer e dos sentidos provocados por esse dizer. Considerando que, ainda, alguns professores ensinam a gramática de forma tradicional, descontextualizada, faz-se este questionamento: Em algum momento, os gramáticos estariam pensando no sentido propriamente dito? Será que se preocuparam com o ato comunicativo e sua importância quando nomearam as classes de palavras? Repensar o ensino de língua na escola é refletir sobre isso, cientes de que antes de o sujeito nascer ele é falado na/pela língua, sendo, então, um sujeito social.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO REFLEXIVO NO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E A FORMAÇÃO DOCENTE
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DOI: 10.22533/at.ed.53520021017
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Palavras-chave: Língua. Ensino. Sentido. Emancipação. Sujeito.
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Keywords: Language. Teaching. Sense. Emancipation. Subject.
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Abstract:
It is the function of the school to make everyone realize the complexity and importance of the communicative act, which includes not only understanding the world but also how language refers to it and how what is said modifies according to the infinite possible combinations. In order for communication to take place, it is necessary to provide means and strategies for linguistic knowledge to be increasingly democratized, functional and efficient as a support for emancipation. In general, it is necessary to rethink the teaching, it is necessary to accept the differences between fluent language and imaginary language, and, finally, to doubt the conception that still perceives the language as ideal, in which the subject would have absolute control of his saying and the senses provoked by this saying. Considering that some teachers also teach grammar in a traditional, decontextualized way, this question is asked: At any moment, would the grammarians be thinking in the proper sense? Did they care about the communicative act and its importance when they named the word classes? Rethinking the teaching of language in school is to reflect on this, aware that before the subject is born it is spoken in / through the language, being then a social subject.
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Número de páginas: 14
- Andréia Mainardi Contri
- Viviane Teresinha Biacchi Brust
- Fabiane da Silva Verissimo
- Ieda Márcia Donati Linck
