Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

CONSEQUÊNCIAS DO USO PROLONGADO DE METILFENIDATO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurológica marcada por desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo prevalente na infância e frequentemente coexistindo com outros transtornos neuropsiquiátricos. O metilfenidato é o principal tratamento farmacológico disponível, amplamente utilizado devido à sua eficácia, embora os impactos de seu uso a longo prazo ainda sejam pouco compreendidos. Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos prolongados do metilfenidato em crianças e adolescentes com TDAH, avaliando sua eficácia e possíveis riscos associados ao uso contínuo. Foi realizada uma revisão integrativa utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde, com busca de artigos clínicos publicados nos últimos cinco anos. Os descritores empregados incluíram "Metilfenidato", “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade” e "Efeito a Longo Prazo". Estudos foram selecionados com base na análise dos efeitos do metilfenidato em parâmetros clínicos e comportamentais de crianças e adolescentes com TDAH. Os resultados apontaram que o metilfenidato é eficaz na redução dos sintomas do TDAH. No entanto, foram identificadas preocupações relacionadas a efeitos adversos potenciais, como alterações no crescimento, peso e pressão arterial, além de eventos psiquiátricos, especialmente em crianças mais jovens. Em adolescentes, foram observados desafios cognitivos associados à interrupção do tratamento, destacando a necessidade de acompanhamento contínuo. Estudos longitudinais utilizaram métodos como avaliações neuropsicológicas e biométricas, reforçando a importância do monitoramento. No entanto, limitações como heterogeneidade das populações estudadas e das metodologias empregadas dificultam uma interpretação uniforme dos achados. O metilfenidato permanece uma opção eficaz no manejo do TDAH, mas seu uso prolongado exige vigilância rigorosa para equilibrar benefícios e riscos. É recomendada a personalização do tratamento, levando em conta fatores como idade, comorbidades e contexto socioeconômico. Além disso, políticas públicas e estratégias de apoio são fundamentais para mitigar desigualdades no acesso ao tratamento e promover um manejo mais seguro e eficaz da condição.
Ler mais

CONSEQUÊNCIAS DO USO PROLONGADO DE METILFENIDATO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.883182624116

  • Palavras-chave: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Metilfenidato. Efeito a Longo Prazo.

  • Keywords: Attention Deficit Hyperactivity Disorder. Methylphenidate. Long-Term Effect.

  • Abstract: Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurological condition characterized by inattention, hyperactivity, and impulsivity, prevalent in childhood and often coexisting with other neuropsychiatric disorders. Methylphenidate is the primary 4 pharmacological treatment, widely used due to its effectiveness, although the long-term impacts of its use remain poorly understood. This study aims to investigate the prolonged effects of methylphenidate in children and adolescents with ADHD, assessing its efficacy and potential risks associated with continuous use. An integrative review was conducted using the Virtual Health Library, focusing on clinical articles published in the last five years. The descriptors included "Methylphenidate," "Attention Deficit Hyperactivity Disorder," and "Long-Term Effect." Studies were selected based on analyses of methylphenidate’s effects on clinical and behavioral parameters in children and adolescents with ADHD. The findings highlighted that methylphenidate is effective in reducing ADHD symptoms. However, concerns were identified regarding potential adverse effects, such as changes in growth, weight, and blood pressure, as well as psychiatric events, particularly in younger children. Adolescents faced cognitive challenges associated with treatment discontinuation, underscoring the need for continuous monitoring. Longitudinal studies employed methods such as neuropsychological and biometric assessments, emphasizing the importance of monitoring. However, limitations like heterogeneity in study populations and methodologies hinder a uniform interpretation of the findings. Methylphenidate remains an effective option for managing ADHD, but its prolonged use requires rigorous vigilance to balance benefits and risks. Treatment personalization is recommended, considering factors such as age, comorbidities, and socioeconomic context. Furthermore, public policies and support strategies are crucial to mitigating inequalities in treatment access and promoting safer and more effective management of the condition.

  • ADRIANA FELIX DOS SANTOS
  • Cristiane Gomes Lima
Fale conosco Whatsapp