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Conhecimento e hierarquias de gênero: a desqualificação como estratégia de poder

O projeto Mercado de trabalho e políticas públicas de gênero e etnia: buscando um diálogo no campo dos direitos humanos, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem diferentes abordagens no campo das hierarquias profissionais.  Tem destacado o foco das relações de gênero no campo do ensino superior em suas publicações. A pesquisa é resultado de investimentos em áreas de concentração de estudos, desde a realização das pós-graduações strito sensu em Sociologia - mestrado com apresentação da dissertação de tese em 1989 e doutorado com a apresentação da tese em 1998, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). O campo empírico do projeto é a UERJ e os dados referentes à distribuição das vagas por cursos, sexo e cor, tem sido acompanhado no estudo, confirmando uma "lógica de gênero", ainda muito marcante nas opções por carreiras nos exames de acesso ao ensino superior. A concentração por sexo em alguns cursos universitários se mantém e vários deles tem uma trajetória histórica de formação de quadros femininos, desde a sua origem, a partir das mulheres que buscavam a profissionalização. Um dos argumentos mais marcantes que ainda tem lugar na avaliação de impacto deste fenômeno, é a tendência de as mulheres buscarem adesão em profissões que impliquem "cuidar de alguém". A sociologia das profissões tem como um forte viés de análise o conhecimento como forma de poder. "Cuidar de alguém", não tem sido valorizado, o que limita o seu poder.
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Conhecimento e hierarquias de gênero: a desqualificação como estratégia de poder

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4302528082

  • Palavras-chave: Mercado de trabalho, Gênero, Etnia; Políticas Públicas, Ensino Superior

  • Keywords: Labor Market, Gender, Ethnicity; Public Policies, Higher Education

  • Abstract: The project "Labor Market and Public Policies on Gender and Ethnicity: Seeking Dialogue in the Field of Human Rights," conducted at the State University of Rio de Janeiro (UERJ), takes different approaches to the field of professional hierarchies. It has highlighted the focus on gender relations in higher education in its publications. The research is the result of investments in areas of study, dating back to the completion of stricto sensu postgraduate programs in Sociology—a master's degree with the dissertation submitted in 1989 and a doctoral degree with the thesis submitted in 1998—at the Institute of Philosophy and Social Sciences of the Federal University of Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). The project's empirical site is UERJ, and data regarding the distribution of vacancies by course, sex, and race have been monitored in the study, confirming a "gender logic" that remains very prominent in career choices in higher education entrance exams. The gender concentration in some university programs persists, and several of them have a historical history of training female professionals, starting from their inception, with women seeking professionalization. One of the most striking arguments that still resonates in assessing the impact of this phenomenon is the tendency for women to seek access to professions that involve "caring for someone." The sociology of professions has a strong analytical bias toward knowledge as a form of power. "Caring for someone" has not been valued, which limits its power.  

  • Dayse de Paula
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