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capa do ebook CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DOENÇA QUE PERMEIAM AS NORMATIVAS E ESTRATÉGIAS VOLTADAS PARA A ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO E RUA: INTERVENÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA OU NA SAÚDE COLETIVA?

CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DOENÇA QUE PERMEIAM AS NORMATIVAS E ESTRATÉGIAS VOLTADAS PARA A ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO E RUA: INTERVENÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA OU NA SAÚDE COLETIVA?

O presente estudo objetivou analisar as concepções de clínico e epidemiológico que permeiam as normativas e estratégias voltadas para a atenção à saúde da População em Situação de Rua. Método: Para o alcance dos objetivos propostos, foi realizado um estudo qualitativo e documental. O universo do estudo diz respeito às normativas e as estratégias construídas pelo Ministério da Saúde para a População em Situação de Rua a partir da institucionalização do Sistema Único de Saúde. Dessa forma, a busca foi realizada no próprio site do Ministério da Saúde, onde encontramos o total de sete normativas e estratégias. A análise dos dados foi desenvolvida em um movimento concatenado em que os dados apreendidos passaram por leituras sucessivas na perspectiva de identificar categorias. Resultados: a compreensão do processo saúde e doença perpassa hegemonicamente pelo o modelo multicausal, que reduz a explicação do aparecimento das doenças aos fatores de risco, sobressaem ainda concepções centradas no individuo e na doença. O que prevalece nas estratégias e normativas voltadas para PSR, é a utilização dos métodos da Epidemiologia tradicional e a hegemonia dos métodos da Clínica oficial, se configurando, portanto, como um claro obstáculo epistemológico para a estruturação do cuidado integral. Conclusão: Essas concepções incidem na fragilização do processo saúde e doença dessa população, uma vez que a compreensão de fatores de risco desconsidera o peso da determinação social nesse processo, remetendo-o a um estado individual, em que a culpa do adoecimento recai sobre o indivíduo. Essa compreensão traz à tona uma das críticas mais frequentes ao arranjo das práticas em saúde que é a ênfase na assistência individual, curativista e biologicista, que impossibilitam visualizar o indivíduo em sua inserção no espaço coletivo.

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CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DOENÇA QUE PERMEIAM AS NORMATIVAS E ESTRATÉGIAS VOLTADAS PARA A ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO E RUA: INTERVENÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA OU NA SAÚDE COLETIVA?

  • DOI: 10.22533/at.ed.90622170822

  • Palavras-chave: População em Situação de Rua; Saúde Pública; Saúde Coletiva.

  • Keywords: Homeless Population; Public health; Collective Health

  • Abstract:

    The present study aimed to analyze the clinical and epidemiological concepts that permeate the regulations and strategies aimed at the health care of the Homeless Population. Method: To achieve the proposed objectives, a qualitative and documentary study was carried out. The universe of the study concerns the regulations and strategies built by the Ministry of Health for the Homeless Population from the institutionalization of the Unified Health System. Thus, the search was carried out on the Ministry of Health website, where we found a total of seven regulations and strategies. Data analysis was developed in a concatenated movement in which the apprehended data underwent successive readings in order to identify categories. Results: the understanding of the health and disease process hegemonically permeates the multicausal model, which reduces the explanation of the appearance of diseases to risk factors, conceptions centered on the individual and the disease still stand out. What prevails in the strategies and regulations aimed at PSR is the use of traditional Epidemiology methods and the hegemony of the official Clinic methods, thus constituting a clear epistemological obstacle for the structuring of comprehensive care. Conclusion: These conceptions affect the weakening of the health and disease process of this population, since the understanding of risk factors disregards the weight of social determination in this process, referring it to an individual state, in which the blame for illness falls on the patient. individual. This understanding brings to light one of the most frequent criticisms of the arrangement of health practices, which is the emphasis on individual, curative and biological assistance, which makes it impossible to visualize the individual in his insertion in the collective space.

  • Número de páginas: 15

  • Ana Karinne de Moura Saraiva
  • Moêmia Gomes de Oliveira Miranda
  • Ana Taís Lopes de Oliveira
  • MARIA LAUDINETE DE MENEZES OLIVEIRA
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