Concepção de Lingua(gem) no Decorrer Histórico e seus Efeitos na Educação de Surdos no Brasil
O presente artigo apresenta
reflexões sobre as concepções de
lingua(gem) desenvolvidas historicamente,
desde a “lingua(gem) como a representação
do pensamento”, a ”lingua(gem) como
instrumento de comunicação” e a concepção
da “lingua(gem) como processo de interação
(atividade discursiva)” com o objetivo de
identificar aspectos educativos e políticos que
influenciaram a educação de surdos através
dessas concepções. A lingua(gem) como
expressão do pensamento desde a tradição
gramatical grega até no século XX , não
favoreceu o reconhecimento da língua de sinais
e foi desenvolvida uma educação oralista, pois
pensava-se que o surdo necessitava praticar a
oralização para que seu pensamento não fosse
também deficiente. A concepção de lingua(gem)
como instrumento de comunicação (a partir de
Saussure, 1916), quando desconsidera a língua
de sinais, por não obter um padrão, fortalece o
ensino do português para surdos como um código
linguístico, porém, com o desenvolvimento da
estrutura linguistica da Libras (código) e das
pesquisas em neurolinguística sobre a língua
de sinais, fortaleceu também o reconhecimento
linguístico da Libras. Logo, a concepção da
lingua(gem) como processo de interação , com
bases em estudos psicológicos (Vygotsky)
e linguísticos (Bakhtin), contribuiram para o
fortalecimento social e cultural dos surdos e a
implementação da política educacional bilíngue.
Concepção de Lingua(gem) no Decorrer Histórico e seus Efeitos na Educação de Surdos no Brasil
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DOI: 10.22533/at.ed.6041925117
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Palavras-chave: concepção de lingua(gem), língua, língua de sinais, surdo, educação, política, comunicação.
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Keywords: atena
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Abstract:
atena
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Número de páginas: 15
- Lourival José Martins Filho
- Rogers Rocha