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capa do ebook Comunicação Pública e Desinformação em Saúde: análise das estratégias comunicacionais do Ministério da Saúde na cobertura da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo de 2018

Comunicação Pública e Desinformação em Saúde: análise das estratégias comunicacionais do Ministério da Saúde na cobertura da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo de 2018

O presente artigo debruça-se sobre as estratégias comunicacionais da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo realizadas pelo Ministério da Saúde (MS) em 2018, com o objetivo de entender em que medida as ações desenvolvidas confrontaram a desinformação em torno da recusa e resistência à imunização. Partindo do pressuposto de que a campanha é uma comunicação entre Estado e Sociedade que deve ser pautada pelo interesse público, sendo fundamental na sua concepção o planejamento de processos, estratégias e ações, visando o alcance de direitos fundamentais, questiona-se a eficácia discursiva das peças publicitárias da campanha no enfrentamento da desinformação. O corpo teórico-metodológico dialoga com o conceito de Comunicação Pública e Ecossistema da Desinformação (WARDLE; DERAKHSHAN, 2017), que abrange desde notícias falsas, informação propositalmente enganosa motivada por falsas crenças até conteúdo impostor, quando fontes verdadeiras são imitadas. O objeto empírico é composto por peças publicitárias produzidas pelo MS, como vídeos, cartazes, filipetas e um Blog de fact-checking, coletados a partir da Observação Encoberta e Não Participativa (JOHNSON, 2010), examinados sob a perspectiva da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016; LAVILLE; DIONNE, 1999) complementada pelos Ciclos de Codificação (SALDAÑA, 2013). A pesquisa evidenciou pouco entendimento dos gestores do órgão sobre as estratégias de construção de mensagens falsas e de seus processos de disseminação, resultando na apresentação de uma campanha com discurso pouco eficaz na defesa da vacinação e com limitada capacidade de se contrapor às crenças enraizadas na população e amplamente referendadas pela informação enganosa.

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Comunicação Pública e Desinformação em Saúde: análise das estratégias comunicacionais do Ministério da Saúde na cobertura da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo de 2018

  • DOI: 10.22533/at.ed.5542211039

  • Palavras-chave: Campanha de Vacinação; Ministério da Saúde; Estratégias Comunicacionais; Comunicação Pública; Ecossistema da Desinformação; Fact-checking.

  • Keywords: Campanha de Vacinação; Ministério da Saúde; Estratégias Comunicacionais; Comunicação Pública; Ecossistema da Desinformação; Fact-checking.

  • Abstract:

    O presente artigo debruça-se sobre as estratégias comunicacionais da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo realizadas pelo Ministério da Saúde (MS) em 2018, com o objetivo de entender em que medida as ações desenvolvidas confrontaram a desinformação em torno da recusa e resistência à imunização. Partindo do pressuposto de que a campanha é uma comunicação entre Estado e Sociedade que deve ser pautada pelo interesse público, sendo fundamental na sua concepção o planejamento de processos, estratégias e ações, visando o alcance de direitos fundamentais, questiona-se a eficácia discursiva das peças publicitárias da campanha no enfrentamento da desinformação. O corpo teórico-metodológico dialoga com o conceito de Comunicação Pública e Ecossistema da Desinformação (WARDLE; DERAKHSHAN, 2017), que abrange desde notícias falsas, informação propositalmente enganosa motivada por falsas crenças até conteúdo impostor, quando fontes verdadeiras são imitadas. O objeto empírico é composto por peças publicitárias produzidas pelo MS, como vídeos, cartazes, filipetas e um Blog de fact-checking, coletados a partir da Observação Encoberta e Não Participativa (JOHNSON, 2010), examinados sob a perspectiva da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016; LAVILLE; DIONNE, 1999) complementada pelos Ciclos de Codificação (SALDAÑA, 2013). A pesquisa evidenciou pouco entendimento dos gestores do órgão sobre as estratégias de construção de mensagens falsas e de seus processos de disseminação, resultando na apresentação de uma campanha com discurso pouco eficaz na defesa da vacinação e com limitada capacidade de se contrapor às crenças enraizadas na população e amplamente referendadas pela informação enganosa.

  • Número de páginas: 30

  • Johnny Ribas da Motta
  • Nelia Del Bianco
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