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capa do ebook Competência emocional do enfermeiro e a comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental: estudo num hospital geral português

Competência emocional do enfermeiro e a comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental: estudo num hospital geral português

Face aos novos desafios sociais, torna-se imprescindível uma aprendizagem emocional, que possa facilitar as relações interpessoais dos enfermeiros, designadamente face à pessoa com manifestações de perturbação mental. Este estudo teve como objetivo central conhecer a influência da competência emocional do enfermeiro na comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental. Foi desenvolvido um estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A amostra foi de 171 enfermeiros de um hospital geral dos Açores. O instrumento de colheita de dados incluiu um questionário sociodemográfico e profissional, a Escala Veiga de Competência Emocional – Reduzida [EVCE-Reduzida], e o questionário “Comunicação terapêutica: utilização pelos enfermeiros”. Os enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino, com idades entre 20 e 40 anos, revelam níveis moderados de competência emocional. Os enfermeiros especialistas com mais tempo de exercício profissional demonstram ser mais literatos emocionalmente. A EVCE-Reduzida demonstra uma boa fiabilidade interna. A Automotivação foi a capacidade mais preditiva da competência emocional, e a Autoconsciência a capacidade com maior média. Delinearam-se 3 perfis comunicacionais, sendo o Perfil 1 (Enfermeiro centrado na pessoa e em si) o mais representativo. Apesar de não se verificar correlação entre a competência emocional e a comunicação terapêutica, evidenciou-se que quanto mais empáticos os enfermeiros se percecionam, mais utilizam as técnicas de comunicação terapêutica; e quanto melhor gerem as emoções, mais mobilizam as técnicas de comunicação terapêutica e atitudes face à pessoa com manifestações de perturbação mental. Face aos resultados obtidos importa aprofundar o modo como a comunicação terapêutica e a competência emocional se manifestam na prática profissional, o que facilita ou inibe a sua expressão, e como se pode potenciar o seu desenvolvimento. Neste sentido, as instituições de saúde devem investir na formação dos enfermeiros, através do contributo da prática especializada em Enfermagem de Saúde Mental, permitindo aprimorar a literacia emocional e performance nos contextos de trabalho.

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Competência emocional do enfermeiro e a comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental: estudo num hospital geral português

  • DOI: 10.22533/at.ed.4212220045

  • Palavras-chave: Competência emocional; Enfermagem; Saúde mental; Comunicação; Abordagem quantitativa

  • Keywords: Emotional competence; Nursing; Mental health; Communication; Quantitative approach

  • Abstract:

    Faced with the new social challenges, emotional learning becomes essential, which can facilitate the nurses' interpersonal relationships, namely with the person with manifestations of mental disorder. The main objective of this study was to know the influence of the nurse's emotional competence in the therapeutic communication towards the person with manifestations of mental disorder. A quantitative, descriptive-correlational study was developed. The sample consisted of 171 nurses from a general hospital in the Azores. The data collection instrument included a sociodemographic and professional questionnaire, the Veiga Scale of Emotional Competence – Reduced [EVCE-Reduced], and the questionnaire “Therapeutic communication: use by nurses”. Nurses, mostly female, aged between 20 and 40 years, show moderate levels of emotional competence. Specialist nurses with more time in professional practice demonstrate to be more emotionally literate. The EVCE-Reduced demonstrates good internal reliability. Self-Motivation was the most predictive ability of emotional competence, and Self-Awareness the ability with the highest average. 3 communication profiles were outlined, with Profile 1 (Nurse centered on the person and on the self) being the most representative. Although there was no correlation between emotional competence and therapeutic communication, it was evident that the more empathetic nurses perceive themselves, the more they use therapeutic communication techniques; and the better they manage emotions, the more they mobilize therapeutic communication techniques and attitudes towards the person with manifestations of mental disorder. In view of the results obtained, it is important to deepen the way in which therapeutic communication and emotional competence are manifested in professional practice, what facilitates or inhibits their expression, and how their development can be enhanced. In this sense, health institutions should invest in the training of nurses, through the contribution of specialized practice in Mental Health Nursing, allowing for the improvement of emotional literacy and performance in work contexts.

  • Número de páginas: 15

  • Dorine Gomes Moreira
  • Luis Machado Gomes
  • Carlos Laranjeira
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