Compartilhamento de recursos como alternativa para economia de mercado em centros urbanos
Ao se analisar certas estruturas
econômicas hoje dominantes, como exemplo,
a flexibilização dos meios de produção e a
descentralização nas decisões empresariais,
constata-se sua origem anteriormente ao
período pós segunda crise do petróleo, em
fins da década de 1970, fato a que se alega
o início da Globalização. Para contornar
esta crise, as grandes economias mundiais
iniciaram um período por buscas de melhores
condições de competitividade, que variaram
desde investimentos em tecnologias do produto
e gestão empresarial, até a otimização dos
parques industriais. Ocorreu, de imediato,
um aprofundamento no processo de
desconcentração industrial, como vinha já
ocorrendo a algumas décadas, onde a antiga
linearidade do processo, que levava a grandes
plantas industriais, já não era mais um prérequisito
de produtividade e eficiência. A
efetivação do processo ocorreu com o avanço
das telecomunicação, informática e maior
efetivação na infraestrutura de transportes.
Desenvolveu-se, nas grandes cidades, postos
de trabalho de alta especialidade, voltados
à tecnologia da informação, inovação e
assessoria ao desenvolvimento de novos
produtos e tecnologias. Toda a cadeia
produtiva sofreu uma pulverização em seus
patrimônios e transformação nas hierarquias
e divisão do trabalho, gerando novas formas
de emprego e contratação de serviços, como
também de alocação dos espaços de trabalho
e uso de equipamentos. Em todo o Mundo
este processo foi intenso, não tendo sido
diferente com o Brasil, mesmo que tardio. Este
trabalho avalia a evolução deste processo
no Brasil, mas especificamente na cidade de
São Paulo, e o reflexo destas transformações
para o surgimento de práticas relacionadas
aos conceitos de economia compartilhada,
mais especialmente, os que se referem ao
compartilhamento de recursos, como humanos,
espaços, equipamentos e conhecimento e, como
o mercado da construção civil tem se adaptado
e tirado proveito destas transformações para
atingir novos patamares de desenvolvimento.
Compartilhamento de recursos como alternativa para economia de mercado em centros urbanos
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DOI: 10.22533/at.ed.58719230819
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Palavras-chave: Economia Compartilhada; Recursos Compartilhados; Descentralização do Processo de Construção; Mercado Imobiliário.
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Keywords: Sharing economy; Resources sharing; Construction decentralization process; Real State
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Abstract:
Analysing certain economic structures dominant today, as examples the
flexibility of the means of production and decentralization in business decisions, notes-
If your origin prior to the period second world oil crisis, in the late 1970, supposing this
date the beginning of globalization. To overcome this crisis, the major world economies
began a period for search of best conditions of competitiveness, as example investment
in product technology and business management, as also optimization of industrial
parks. Immediately, occurred an accelerated development in industrial decentralization
process as already seen in some decades, where the old linearity of the process,
was no more seen as an example of productivity and efficiency. The execution of the
process occurred with the advancement of telecommunication, data processing and
greater effectiveness in transport infrastructure. In the big cities, developed jobs of high
specialty at information technology, innovation and the development of new products.
The entire production chain suffered a spraying on their assets and your transformation
in the hierarchy and labour division, creating a new forms of employment and services,
as well as allocation of workspaces and equipment usage. Worldwide this process was
intense and no different was in Brazil, even that occurred late. This work evaluates
the progress of this process in Brazil, specifically in the city of São Paulo, and their
transforms consequences to bring up practices related to the concepts of sharing
economy, or especially, with respect to the sharing of resources, humans, spaces,
equipment and knowledge, and more, as the construction market and real state has
adapted and taken advantage of these transformations to achieve new heights of
development.
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Número de páginas: 15
- Henrique Dinis