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COM DINHEIRO OU SEM DINHEIRO, PROFESSOR, EU BRINCO : A PRESENÇA DO SAMBA NO CARNAVAL DO RECIFE

Este artigo tem por objetivo analisar as querelas existentes entre as escolas de samba recifenses e as agremiações de frevo na década de 1950. A inclusão das escolas de samba era inadmissível para os defensores da tradição e dos que consideravam o “autêntico” carnaval pernambucano. Nesse contexto, década de 1950 é um marco para historiografia que analisa o carnaval do Recife. Logo após o fim dos festejos momescos de 1955, a Prefeitura da cidade, através do projeto de lei de autoria do Vereador Antônio Batista de Sousa, tenta tomar para si a organização da festa. Segundo alguns periódicos que circulavam na capital de Pernambuco, a medida surge na tentativa de “salvar o reinado de Momo”, que segundo as notícias, estava “morrendo aos poucos”. Desse modo, em 1955, o prefeito Djair Brindeiro sancionou a lei Nº 3.346, de sete de junho, oficializando o carnaval da cidade, que passou a ser organizado pelo Departamento de Documentação e Cultura (DDC). Essa lei tinha por objetivo a promoção do carnaval voltado para a tradição, preservando assim os clubes de frevo, maracatus e os clubes de caboclinhos.  Entre as medidas propostas pela lei, foi prevista uma ajuda financeira aos blocos, escolas de samba e demais agremiações carnavalescas que contribuíssem para animação e consolidação do Carnaval do Recife. No entanto, diante da celeuma provocada pela legislação, a lei 3.346/1955 foi modificada, deixando a União das Escolas de Pernambuco fora da organização da festa e sem subvenção.
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COM DINHEIRO OU SEM DINHEIRO, PROFESSOR, EU BRINCO : A PRESENÇA DO SAMBA NO CARNAVAL DO RECIFE

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6802402043

  • Palavras-chave: Legislação, Carnaval, Recife, Frevo, Escolas de samba

  • Keywords: Legislation, Carnival, Recife, Frevo, Samba schools

  • Abstract: This article aims to analyze the disputes between Recife's samba schools and frevo groups in the 1950s. The inclusion of samba schools was unacceptable to defenders of the tradition and those who considered Pernambuco's carnival to be “authentic”. In this context, the 1950s are a milestone for historiography that analyzes Recife's carnival. Soon after the end of the Momesque celebrations of 1955, the city's City Hall, through a bill authored by Councilor Antônio Batista de Sousa, tried to take over the organization of the party. According to some newspapers circulating in the capital of Pernambuco, the measure comes in an attempt to “save Momo’s reign”, which according to the news, was “slowly dying”. Thus, in 1955, Mayor Djair Brindeiro sanctioned law No. 3,346, of June 7th, making the city's carnival official, which began to be organized by the Department of Documentation and Culture (DDC). This law aimed to promote carnival focused on tradition, thus preserving the frevo, maracatus and caboclinho clubs. Among the measures proposed by the law, financial aid was provided for blocks, samba schools and other carnival associations that contributed to the animation and consolidation of Recife Carnival. However, given the uproar caused by the legislation, law 3,346/1955 was modified, leaving the União das Escolas de Pernambuco out of the organization of the party and without subsidy.

  • Rosana Maria dos Santos
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