COLETA DE AMOSTRAS PARA AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO CMV EM UTI NEONATAL
Introdução: O citomegalovírus (CMV) constitui a causa mais comum de infecção congênita viral em diversas partes do mundo (incluindo o Brasil), representando um importante problema de saúde pública. Objetivo: Apresentar uma metodologia sistemática e padronizada para coleta de urina e saliva utilizadas na triagem da infecção congênita por CMV em recém-nascidos na UTI neonatal, e realizar uma análise quanto a vantagens/desvantagens e dificuldades relacionadas à obtenção desses materiais biológicos. Material e métodos: A metodologia de coleta foi apresentada e dividida em etapas: a primeira, o contato com a mãe da criança, seguido da coleta das amostras biológicas de urina e saliva, armazenamento e transporte para laboratório, e posterior diagnóstico molecular, pela técnica Nested PCR. Resultados: A metodologia apresentada foi utilizada para a triagem de 513 recém-nascidos com até três semanas de vida, internados na UTI Neonatal. Obteve-se amostras de saliva de todas as crianças (513 amostras) e 239 de urina. Apesar da urina ser o padrão ouro para pesquisa de CMV, sua coleta é mais complicada, apresentando entre as dificuldades, a demora do bebê em urinar e contaminação por mecônio. Essas dificuldades impossibilitaram a coleta de 53,4% de amostras de urina. A saliva se mostrou, portanto, como uma melhor amostra para inclusão e rastreio da infecção congênita pelo CMV, apesar de ainda assim existirem dificuldades com a coleta, como: regurgitação de leite materno e neonatos entubados. Outro fato importante foi a confirmação dos resultados positivos em ambas amostras (urina e saliva), corroborando para demonstração de uma alta sensibilidade em ambos os materiais biológicos. Conclusão: A saliva e a urina possuem sensibilidades semelhantes para a triagem de neonatos na pesquisa do CMV. Entretanto, a utilização da saliva permite uma inclusão de mais amostras a serem testadas, ampliando assim a capacidade de detecção precoce da infecção congênita pelo CMV.
COLETA DE AMOSTRAS PARA AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO CONGÊNITA PELO CMV EM UTI NEONATAL
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DOI: 10.22533/at.ed.4712120092
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Palavras-chave: CMV, infecção congênita, saliva, urina, UTI
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Keywords: CMV, congenital infection, saliva, urine
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Abstract:
Introduction: Cytomegalovirus (CMV) is the most common cause of congenital viral infection in several parts of the world, including Brazil. In fact, CMV infection represents an important public health problem. Objective: To present a systematic and standardized methodology for the collection of urine and saliva samples for congenital CMV infection screening. Besides, it is argued about advantages/disadvantages and difficulties related to the obtention of these biological materials in newborns hospitalized in the NICU. Material and methods: The methodology of sample collection was presented and divided into stages: the first one is the contact with the mother or tutor to explain the process and to obtain the signature of the written informed consent form (in case of research projects), followed by the collection of urine and saliva samples properly, storage and transport to laboratory, and subsequent diagnosis by Nested-PCR. Results: A screening of 513 newborns, until three weeks of life, admitted to the Neonatal ICU, was performed. It was possible to obtain 513 saliva samples and only 239 urine samples. Although urine is the gold standard test for CMV detection, its collection presents some important difficulties such as: the baby's delay in urinating and contamination by meconium. These difficulties made it impossible to collect 53,4% of urine samples. Thus, saliva proved to be a better sample for a screening of congenital CMV infection, although there are also difficulties, such as regurgitation of breast milk and intubated newborns. Finally, it is worth mentioning that the positive results were confirmed in both samples, urine and saliva, demonstrating high sensitivity for both biological materials. Conclusion: Saliva and urine have similar sensitivities for the screening of newborns in CMV research. However, the use of saliva allows the inclusion of more samples, increasing the possibility of early detection of congenital CMV infection.
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Número de páginas: 11
- Lauro Juliano Marin
- Érika Pereira Rios
- Laíza Ferreira Pessotti
- Pérola Rodrigues dos Santos
- Marcelo Cordeiro Pereira
- Sandra Rocha Gadelha