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capa do ebook Coisas Quebradas: afetividades desviantes

Coisas Quebradas: afetividades desviantes

A performance de feminilidade em nós está “quebrada”. Nós somos mulheres: uma cis, lésbica outra trans, com afetividades circunstanciais. Para o olhar normativo, nos falta ou sobra algo. Não correspondemos ao binarismo de gênero. Nós estamos entre. E não há espaço para o que não se deixa catalogar imediatamente. Se as impressões sobre nós não são precisas, nós, automaticamente, somos retiradas da categoria humana. Nos tornamos coisas e, como tal, não merecemos qualquer deferência. As “coisas” devem ser eliminadas do mundo maniqueísta no qual nenhuma dúvida é bem-vinda. Somente por existir, nós ameaçamos os frágeis castelos de areia da normatividade. A partir dessa perspectiva, de existências que perturbam o estabelecido, temos sido mortas, fetichizadas, silenciadas. Não somos casal, nem família. Bando, talvez. Nós nos queremos assim, quebradas, olhando para as feridas uma da outra, e debochando da obviedade da vida circunscrita pela norma.

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Coisas Quebradas: afetividades desviantes

  • DOI: 10.22533/at.ed.4172115046

  • Palavras-chave: dissidência; lesbianidade; travesti.

  • Keywords: dissent; lesbian; transvestite

  • Abstract:

    The femininity performances in both of us is “broken“. We are women, a cisgender and lesbian and a transgender of circumstantial affections. At the normative eye, we either miss or overflow something. We don't correspond to gender binary rules. We are between. There's no space to whatever refuses to be cataloged right away. If our impressons aren't precise, we, automatically are removed from the human category. We become things and, as such, we don't deserve any deference. “Things“ should be eliminated from the manichaen world in which none of us are welcome. Only by existing, we threaten the fragile sandcastles of the normativity. From this perspective, of existences tha disturb what has been settled, we have been killed, fetishized, muted. We are not a couple, neither a family. A flock, maybe. We want ourselves like this, broken, looking to eachother wounds, mocking of the obviousness of a life that has been circumscribed by the norm.

  • Número de páginas: 9

  • Ludmila Castanheira
  • Lua Lamberti de Abreu
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