COINFECÇÕES VIRAIS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM COVID-19
A coevolução de patógenos respiratórios bacterianos e virais originou um ambiente no qual uma infecção viral permite coinfecções bacterianas de forma secundária ou simultânea, desta maneira ocorre com COVID-19 e as doenças já existentes em períodos sazonais. Embora em sua maioria, crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, evoluam de forma assintomática ou apresentem sintomas leves, departamentos alertam para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, em que crianças previamente hígidas desenvolvem gravidade, com comprometimento cardiovascular em 80% dos casos, mas também pode ocorrer naquelas com alguma doença crônica pré-existente, principalmente doenças imunossupressoras. Dentre os sinais e sintomas os mais frequentes são febre, tosse, coriza, fadiga, congestão pulmonar, anorexia, dispneia, cefaleia e expectoração, roncos e crepitações. Com poucas manifestações gastrointestinais e dermatológicas, estas quando presentes podem estar associadas à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, gerando complicações cardiovasculares as quais podem levar a óbito, embora haja uma baixa taxa de mortalidade. Além disso, a coinfecção com outras doenças virais, principalmente o rinovírus – se configura como fator de risco para um maior tempo de internação hospitalar neste grupo etário. Aqueles que evoluíram para forma grave devem ser acompanhados ambulatorialmente, por ainda não se conhecerem as consequências a médio e longo prazo. O diagnóstico de SARS-CoV-2 é dado principalmente pelo RT-PCR de amostras respiratórias. Já as coinfecções respiratórias vão ser identificadas por Painel Viral Respiratório, também através da metodologia do RT-PCR ou por imunofluorescência. A relação de infecção de COVID-19 e outras infecções está intimamente vinculada à quantidade de testes aplicados, dentre outras variáveis. Dessa forma, é crucial reafirmar a importância do isolamento social para redução da taxa de transmissibilidade do SARS Cov-2, até que a totalidade das crianças sejam vacinadas.
COINFECÇÕES VIRAIS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM COVID-19
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DOI: 10.22533/at.ed.06221191026
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Palavras-chave: Coinfecção; COVID-19; Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica; Pediatria
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Keywords: Coinfection; COVID-19; Pediatric Multisystem Inflammatory Syndrome; Pediatrics
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Abstract:
The coevolution of bacterial and viral respiratory pathogens has created an environment in which a viral infection allows bacterial coinfections in a secondary or simultaneous form, thus occurring with COVID-19 and diseases that already exist in seasonal periods. Although most children and adolescents aged 0 to 19 years evolve asymptomatic or present mild symptoms, departments warn of the Pediatric Multisystemic Inflammatory Syndrome, in which previously healthy children develop severity, with cardiovascular impairment in 80% of cases, but it can also occur in those with a pre-existing chronic disease, especially immunosuppressive diseases. Among the most frequent signs and symptoms are fever, cough, runny nose, fatigue, pulmonary congestion, anorexia, dyspnea, headache and sputum, snoring and crackles. With few gastrointestinal and dermatological manifestations, when present, these may be associated with Pediatric Multisystem Inflammatory Syndrome, generating cardiovascular complications which can lead to death, although there is a low mortality rate. Furthermore, co-infection with other viral diseases, especially rhinovirus – is configured as a risk factor for a longer hospital stay in this age group. Those who progress to the severe form must be followed up on an outpatient basis, as the consequences in the medium and long term are not yet known. The diagnosis of SARS-CoV-2 is primarily made by RT-PCR of respiratory specimens. Respiratory coinfections, on the other hand, will be identified by the Respiratory Viral Panel, also through the RT-PCR methodology or by immunofluorescence. The relation between COVID-19 infection and other infections is closely linked to the amount of tests applied, among other variables. Thus, it is crucial to reaffirm the importance of social isolation to reduce the transmission rate of SARS Cov-2, until all children are vaccinated.
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Número de páginas: 14
- Márcio Miranda Brito
- Stela Batista Corrêa Sousa
- Giovanna Lyssa de Melo Rosa
- Leylla Kllyffya Lopes Leão
- Mara Cristina Nunes Milhomem Corrêa da Costa
- Gabriela Garcia de Moura
- Marceli Diana Helfenstein Albeirice da Rocha