COINFECÇÕES E SOBREINFECÇÕES MICROBIANAS EM PACIENTES COM COVID-19
Apesar da escassez de informações pelo surgimento recente da doença, os resultados já obtidos apontam que uma parcela importante dos agravos e da mortalidade nos quadros clínicos da COVID-19 pode ser atribuída a infecções secundárias. A rapidez com que evolui a infecção viral, assim como o surgimento de quadros agudos e de urgência, levam muitas vezes à negligência ou subestimação de infecções concomitantes por outros patógenos. A análise da literatura científica até o momento demonstra que não há uma tendência congruente no perfil de microrganismos causadores de infecções concomitantes à COVID-19. A comparação dos perfis de prevalência dos patógenos causadores de infecções secundárias apresenta inconsistências mesmo dentro de macrorregiões. Os patógenos mais frequentes causadores de infecções secundárias em pacientes hospitalizados com COVID-19 citados nas referências analisadas, por ordem de ocorrência, foram: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Streptococcus pneumoniae e Enterococcus spp. As taxas de infecção concomitante entre o SARS-CoV-2 e outros patógenos apresentam grande disparidade entre as pesquisas realizadas em vários países, que variam entre 1,2% e 94,2%. O conhecimento prévio dos agentes microbianos causadores de infecções hospitalares mais prevalentes em cada Unidade de Saúde e os perfis de resistência ou sensibilidade aos antibacterianos e antifúngicos pode ser de grande utilidade no manejo dos pacientes que apresentem infecções concomitantes ao COVID-19.
COINFECÇÕES E SOBREINFECÇÕES MICROBIANAS EM PACIENTES COM COVID-19
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DOI: 10.22533/at.ed.30721041112
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Palavras-chave: COVID-19, Co-infecção, Sobreinfecção, Infecções microbianas
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Keywords: COVID-19, Co-infection, Superinfection, Microbial infections
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Abstract:
Despite the scarcity of information due to the recent appearance of the disease, the results already obtained indicate that an important part of the aggravations and mortality in the clinical manifestations of COVID-19 can be attributed to secondary infections. The rapidity with which viral infection evolves, as well as the emergence of acute and urgent conditions, often leads to neglect or underestimation of concomitant infections by other pathogens. Analysis of the scientific literature to date demonstrates that there is no congruent trend in the profile of microorganisms causing concomitant infections with COVID-19. Comparison of the prevalence profiles of pathogens causing secondary infections shows inconsistencies even within macro-regions. The most frequent pathogens causing secondary infections in patients hospitalised with COVID-19 cited in the references analysed, in order of occurrence, were: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Streptococcus pneumoniae and Enterococcus spp. The rates of concomitant infection between SARS-CoV-2 and other pathogens show great disparity among researches conducted in various countries, oscillating from 1.2% to 94.2%. Prior knowledge of the more prevalent microbial agents causing hospital infections in each Healthcare Unit and their profiles of resistance or sensitivity to antibacterials and antifungals may be very useful in the management of patients presenting with concomitant infections to COVID-19.
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Número de páginas: 18
- Paulo Roberto Blanco Moreira Norberg
- Paulo Cesar Ribeiro
- Fabiano Guerra Sanches
- Nadir Francisca Sant’Anna
- Antonio Neres Norberg