CLASSIFICAÇÃO DA LOCOMOÇÃO, ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL
A encefalopatia crônica não progressiva da infância, originalmente conhecida como paralisia cerebral (PC), é atribuída a lesões não progressivas ocorridas no desenvolvimento do cérebro durante o período fetal ou do lactente. Os distúrbios motores da paralisia cerebral são frequentemente acompanhados por alterações sensoriais, perceptuais, cognitivas, de comunicação, comportamento, epilepsia e por problemas musculoesqueléticos secundários. Diante destes acometimentos, faz-se necessário a utilização de instrumentos de avaliação baseados na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) padronizados e validados. A proposta da CIF é classificar os componentes de saúde, sendo dividida em quatro componentes principais: funções do corpo, estruturas do corpo, atividades e participação, e fatores ambientais. E assim, o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) para membros inferiores e membros superiores tem o propósito de atender a necessidade de estabelecer um sistema padronizado para classificar a funcionalidade motora, com uma avaliação mais precisa. O GMFCS avalia o movimento iniciado pelo paciente e a necessidade do uso de tecnologia assistiva, sendo observado a qualidade do seu desempenho, sendo dividida em cinco níveis funcionais que se diferenciam pelas limitações, como o controle do tronco e da marcha, necessidades de adaptações e meios auxiliares para movimentação. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi classificar através da CIF e, a partir do GMFCS, a locomoção, atividade e participação social de pessoas com paralisia cerebral de uma instituição filantrópica de João Pessoa, sendo caracterizada como exploratória, descritiva e de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 19 indivíduos com PC, de ambos os gêneros, com idade entre 02 e 12 anos, uma vez que o GMFCS se aplica apenas a esta faixa etária, porém, sem discriminação em relação ao grau de escolaridade. O estudo foi apreciado pelo Colegiado do Curso de Fisioterapia e obedeceu a todos os critérios éticos estabelecidos. Os resultados obtidos foram: a amostra representou 47,5% da população; onde 63,15% eram do gênero feminino e 36,84% do gênero masculino; a média de idade foi de 7,6 anos; 57,8% fazem uso de cadeira de rodas manual, sendo guiados por um cuidador; 15,7% deambulam com algum tipo de limitação; 10,5% apresentam auto mobilidade na cadeira de rodas, apenas 5,26% andam sem limitações e 10,5% andam utilizando um dispositivo manual de mobilidade; Quanto à utilização da CIF, foi identificada que a mobilidade mais comprometida é a deambulação, seguida da auto transferência. Conclui-se que esses instrumentos são de fácil administração, exigindo um treinamento mínimo para utilização e com boa aplicabilidade no dia-a-dia, sendo bons indicadores para a avaliação da capacidade funcional deambulatória, servindo para pessoas com as mais diversas disfunções e objetivando avaliar a função diante dos contextos físicos, sociais e atitudinais. Sugere-se, portanto, que estudos possam ser realizados com amostra maior em outras instituições, buscando entender as variáveis que convergem e/ou divergem entre a população de diferentes localizações.
CLASSIFICAÇÃO DA LOCOMOÇÃO, ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL
-
DOI: 10.22533/at.ed.7201902107
-
Palavras-chave: CIF; Funcionalidade; Paralisia Cerebral.
-
Keywords: Atena
-
Abstract:
atena
-
Número de páginas: 15
- FABIO CORREIA LIMA NEPOMUCENO
- MARCOS BARBOSA VEIGA DE MELO
- JOYCE SILVA DOS SANTOS
- LUCAS ARAÚJO SANTIAGO
- PRYSCILA RUANA DA SILVA RODRIGUES
- LUCAS ARAÚJO SANTIAGO; MARCOS BARBOSA VEIGA DE MELO; JOYCE SILVA DOS SANTOS; PRYSCILA RUANA DA SILVA RODRIGUES