Cisticercose em Bubalinos Abatidos em Estabelecimentos Inspecionados pelo SIF, no Brasil: Locais de maior ocorrência durante a inspeção post mortem
O objetivo desse capítulo foi contabilizar por Estados brasileiros quantas carcaças de bubalinos abatidos em estabelecimentos sob inspeção federal (SIF) apresentam lesões de Cysticercus bovis, caracterizando em quais locais anatômicos no organismo de búfalos os cistos foram observados, além de avaliar o destino das carcaças. Tudo isso se justifica, pois ainda não se tem o conhecimento da prevalência de cisticercose em bubalinos, mas sabe-se que eles desenvolvem a patologia ao ingerir ovos da Taenia saginata eliminados nas fezes de humanos, acarretando em prejuízos econômicos na indústria da carne. Para tanto, foram analisados dados fornecidos pelo Sistema de Inspeção Federal na plataforma SIGSIF, onde foi realizada uma análise dos dados para definir a frequência das lesões nos Estados brasileiros; definir o local de maior ocorrência, e os locais de predileção anatômica nos búfalos que apresentaram cistos vivos e calcificados. Após interpretação dos dados, foi constatado que o Estado de São Paulo é o que mais registrou lesões (64,9%) por Cysticercus bovis nas carcaças de bubalinos, sendo os locais de predileção pelo cisticerco a cabeça (22,8%), carcaça (21,2%) e coração (9,5%). Ainda, foi identificada uma alta frequência de cistos encontrados nos rins (18,5%), o que nos leva a crer que pode ter havido falhas na hora de identificar e diferenciar cisto de cisticercose de cisto renal. A maioria das carcaças que apresentaram lesões foram destinadas a graxaria (56,9%) e as demais foram liberadas (31,1%) ou passaram por tratamento pelo frio (11,5%) ou esterilização (0,5%). Entretanto, 7% das carcaças que apresentavam cistos vivos foram liberadas para consumo sem aproveitamento condicional, caracterizando um erro grave de destino das carcaças, colocando em risco a saúde dos consumidores.
Cisticercose em Bubalinos Abatidos em Estabelecimentos Inspecionados pelo SIF, no Brasil: Locais de maior ocorrência durante a inspeção post mortem
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DOI: 10.22533/at.ed.1202103026
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Palavras-chave: Cysticercus bovis, Taenia saginata, Búfalos, Abate, Lesões, Cisto.
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Keywords: Cysticercus bovis, Taenia saginata, Buffaloes, Slaughter, Injuries, Cyst.
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Abstract:
This chapter’s goal was to register in each Brazilian state how many buffaloes carcasses slaughtered in establishments under federal inspection (SIF) presented injuries of Cysticercus bovis, demonstrating in which anatomical places in the buffalo body the cysts were observed, in addition to assessing the destination of carcasses. Therefore, the research is justified, as there is insufficient knowledge of the prevalence of cysticercosis in buffaloes, but it is known that they develop the pathology when ingesting taenia saginata eggs, which are eliminated in humans’ stools, causing economic losses in the meat industry. Data provided by the Federal Inspection System on the SIGSIF platform were examined, analyzing information to define the frequency of injuries in Brazilian states, define the place of greatest occurrence, and the anatomical predilection sites in buffaloes that presented alive and calcified cysts. After data interpretation, it was observed that the state of São Paulo was the one which registered the most injuries (64.9%) by Cysticercus bovis on buffaloes carcasses, with the cysticercus predilection being the head (22.8%), carcass (21.2%), and heart (9.5%). A high frequency of cysts found in the kidneys was also identified (18.5%), which leads us to believe that there may have been failures in identifying and differentiating cysticercosis cysts from renal cysts. Most of the carcasses that showed injuries were destined for grease (56.9%), and the others either were released (31.1%) or underwent cold treatment (11.5%) and sterilization (0.5%). However, 7% of the carcasses that had alive cysts were released for consumption without conditional use, characterizing a serious error in the destination of the carcasses, putting consumers' health at risk.
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Número de páginas: 10
- Jaíne Dessoy Mendonça
- Samara Schmeling
- Andriely Castanho da Silva
- Luis Fernando Vilani de Pellegrin
- Felipe Libardoni