CINÉTICA DE DECAIMENTO DE PATÓGENOS ENTÉRICOS EM FARINHA DE CARNE E OSSO SOB CONDIÇÕES SUBTROPICAIS DE TEMPERATURA
Uma das grandes preocupações relacionadas a cadeia produtiva de suínos, refere-se a destinação correta das carcaças, devido ao seu potencial poluidor. Uma das possibilidades de destinação destes resíduos poderia ser a fabricação de farinha de carne e osso para posterior aplicação como fertilizante. No entanto, para se garantir a biossegurança é necessário considerar o período de estocagem do produto embalado. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar o tempo de sobrevivência de patógenos em farinha de carne e osso estocadas em diferentes temperaturas. Para isso, reatores contendo 1 kg de farinha de carne e osso foram mantidos em diferentes temperaturas: 26°C, representando a clima de verão, e 13°C representando o clima de inverno de regiões subtropicais. A cada reator foram adicionadas suspensões bacterianas contendo Escherichia coli (E. coli) e Salmonella enterica sorovar Senftenberg (S. Senftenberg) em concentrações conhecidas. Amostras de farinha foram coletas ao longo do tempo até a morte total dos micro-organismos. Para a quantificação bacteriana, 25 g de amostra foram diluídas em solução salina, e semeadas em Agar Chromocult e XLD para quantificação de E. coli e S. Senftenberg, respectivamente. Os resultados mostraram que para a estocagem de farinha em temperaturas miméticas ao verão (26°C) a sobrevivência de patógenos estende-se por 6 dias para S. Senftenberg e 12 dias para E. coli. Já na temperatura característica do período de inverno (13°C), a sobrevivência estendeu-se por 6 e 37 dias para S. Senftenberg e E. coli, respectivamente, mostrando que nestas condições há necessidade de estender o período de estocagem destas farinhas. Neste sentido, o uso de carcaças de suíno para produção de farinha de carne mostra-se como uma alternativa para agregação de valor aos resíduos, para posterior reuso como fertilizante.
CINÉTICA DE DECAIMENTO DE PATÓGENOS ENTÉRICOS EM FARINHA DE CARNE E OSSO SOB CONDIÇÕES SUBTROPICAIS DE TEMPERATURA
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DOI: 10.22533/at.ed.4282110055
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Palavras-chave: scherichia coli; Salmonella sp.; carcaças; suíno
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Keywords: Escherichia coli; Salmonella sp.; carcasses; swine.
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Abstract:
: Recently, one of the main concerns in swine production chain refers to carcasses’ destination considering their high pollution potential. A promising alternative is producing meat and bone meal that can be later used as fertilizer. However, to ensure the microbial security of the product it is necessary to consider the temperature of storage. Therefore, this study aimed to evaluate the survival of pathogenic bacteria biomarkers in meat and bone meal stored at different temperatures. The experiments were conducted in reactors containing 1 kg of meal, which were incubated at 26°C, representing summer conditions, and at 13°C, representing winter conditions. At each reactor, known concentrations of Escherichia coli (E. coli) e Salmonella enterica sorovar Senftenberg (S. Senftenberg) were added. Meal samples were periodically collected along the time until total microbial death. For bacteria quantification, 25 g of meal were collected and cultivated on Chromocult and XLD agar for E. coli and S. Senftenberg, respectively. The results showed that in meat and bone meal stored at summer temperatures (26°C) the pathogen survived for 6 and 12 days for S. Senftenberg and E. coli, respectively; while in winter temperatures (13°C) the survival time was of 6 and 37 days for S. Senftenberg and E. coli, respectively. These findings highlight the importance of storage management of meat and bone meal, nevertheless it remains being an attractive alternative for swine carcasses destination and residues value aggregation.
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Número de páginas: 10
- Fabiane Toniazzo
- Martha Mayumi Higarashi
- Nivia Rosana Weber Peter
- Daniel Celestino Fornari Bocchese
- Helton Araujo Couto Carneiro
- Denilson Lorenzatto
- Marinara da Silva Machado
- Deivid Roque de Moraes
- Tainá Seidel Durante
- William Michelon
- Aline Viancelli