Cidadania ambiental: liberalismo, cosmopolitismo e sustentabilidade
A cidadania ambiental é agora um conceito central para o pensamento político ecológico. O conceito está associado à expectativa de que os cidadãos possam contribuir para a promoção da sustentabilidade ambiental por meio de sua participação política. Essa expectativa surge a partir da visão de que a cidadania ambiental possa fornecer um novo estímulo para mudanças no comportamento dos cidadãos diferente daquele oferecido pelos instrumentos convencionais da política pública. No entanto, não há consenso sobre a melhor forma de defini-la. Devido à disputa conceitual hoje existente ao redor do conceito, o presente texto busca eminar algumas das razões que sustentam algumas destas discordâncias intelectuais. Para realizar esse objetivo, na primeira parte do texto, examina-se a abordagem liberal da cidadania ambiental e sua relação com as questões associadas aos direitos ambientais e o Estado-nação. Na segunda parte do trabalho, os argumentos em defesa de uma cidadania ambiental cosmopolita são então examinados e, ao final, comparados com a primeira abordagem. O texto finaliza examinando algumas das principais críticas que a perspectiva cosmopolita permite lançar à visão liberal de cidadania ambiental.
Cidadania ambiental: liberalismo, cosmopolitismo e sustentabilidade
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DOI: 10.22533/at.ed.7472120095
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Palavras-chave: cidadania ambiental, sustentabilidade, liberalismo, cosmopolitismo, direitos ambientais
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Keywords: environmental citizenship, liberalism, cosmopolitism, environmental rights
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Abstract:
Environmental citizenship is now a central concept for ecological political thinking. The concept is associated with the expectation that citizens can contribute to the promotion of environmental sustainability through their political participation. This expectation arises from the view that environmental citizenship can provide a new stimulus for changes in the behavior of citizens different from that offered by conventional instruments of public policy. However, there is no consensus on the best way to define it. Due to the conceptual dispute that exists today around the concept, this text seeks to highlight some of the reasons that support some of these intellectual disagreements. To achieve this objective, the first part of the text examines the liberal approach to environmental citizenship and its relationship to issues associated with environmental rights and the nation-state. In the second part of the work, the arguments in defense of a cosmopolitan environmental citizenship are then examined and, in the end, compared with the first approach. The text ends by examining some of the main criticisms that the cosmopolitan perspective allows for the liberal vision of environmental citizenship.
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Número de páginas: 20
- CRISTIANO LUIS LENZI