CARTOGRAFIAS DOS ESPAÇOS SENTÍVEIS: NOVOS OLHARES PARA EXPERIENCIAR NA CIDADE.
Apresenta-se um relato de
experiência de uma pesquisa em Artes
Visuais denominada Cartografia dos Espaços
Sentíveis. Nesta, propõe-se uma cartografia
de espaços da cidade de Fortaleza, através de
uma percepção não visual, mas também dos
outros sentidos, através de pesquisas acerca
do conceito de experiência em Bondía (2002),
da visão e do espaço em Bavcar (1994) e
Merleau-Ponty (2015), do conceito de prática
urbana e cartográfica em Certeau (1998) e das
vivencias com fotografia cega de Guimarães
(2013). O principal objetivo aqui é constituir uma
outra percepção com a paisagem a partir dos
outros sentidos, que não a visão. Nesta prática
se realiza vivências de deriva cega onde, com
os olhos vendados, descobre-se os espaços
a partir dos outros sentidos. Os principais
problemas norteadores dessa pesquisa são:
Como pensar um mapa afetivo dos espaços,
mais ligado as sensações e percepções do que
as geometrias locais? Como compreender os
espaços a partir de uma lógica mais sensível
e de uma percepção corporal distante das
hierarquias dos sentidos (onde a visão ocupa
função privilegiada)? Como construir um produto
em Artes Visuais questionando a nomenclatura
“Visual” e integrando o corpo na produção
imagética? Como hipóteses foi pensado que
após as práticas destas cartografias, o corpo
estaria mais sensitivo a perceber os espaços
urbanos e entender estes de forma mais próxima
das suas experiências afetivas com o local.
Os resultados apresentados nesta pesquisa
são as fotografias cegas destes espaços, os
desenhos cartográficos do local e os diários das
experiências.
CARTOGRAFIAS DOS ESPAÇOS SENTÍVEIS: NOVOS OLHARES PARA EXPERIENCIAR NA CIDADE.
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Imagem, Sentidos, Mapa afetivo.
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Keywords: Image, Senses, Affective Map.
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Abstract:
We present an experience report
of a Visual Arts research called Cartography
of Sentible Spaces. In this work, we propose a
cartography of spaces of the city of Fortaleza,
through a non-visual perception, but also of the
other senses, through research on the concept
of experience in Bondía (2002), vision and
space in Bavcar (1994) and Merleau-Ponty
(2015), the concept of urban and cartographic
practice in Certeau (1998) and experiences with
blind photography in Guimarães (2013). The main purpose here is to develop another
perception towards the landscape through other senses, and not the vision. In this
practice we realized experiences of blind drift where, blindfolded, the spaces were
discovered through other senses. The main guiding problems of this research are:
How to think an affective map of the spaces, more connected to the sensations and
perceptions than the local geometries? How can we understand spaces from a more
sensitive logic and from a bodily perception far from the hierarchies of the senses (where
vision occupies privileged function)? How to build a product in Visual Arts questioning
the nomenclature “Visual” and integrating the body in the imagery production? As
hypothesis it was thought that after the practices of these cartographies, the body would
be more sensitive to perceive the urban spaces and to understand these more closely
to their affective experiences with the place. The results presented in this research are
the blind photographs of these spaces, the cartographic drawings of the place and the
journals of the experiments.
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Número de páginas: 15
- Adriano Morais de Freitas Neto
- Rafael de Sousa Carvalho