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CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE ENTEROBACTERALES MULTIRESISTENTES A ANTIMICROBIANOS DE NEONATOS DE UM HOSPITAL NA ZONA NOROESTE DO PARANÁ.

Em 2017, a Organização Mundial da Saúde agrupou uma série de patógenos como prioritários para o desenvolvimento de novos antimicrobianos. Dentre eles estão as enterobacterales, resistentes a betalactâmicos. Considerando que neonatos são mais vulneráveis às infecções, por não possuírem sistema imune maduro e frequentemente fazerem uso de uma série de antimicrobianos, este estudo tem como objetivo caracterizar fenotípicamente e genotípicamente Enterobacterales obtidos de culturas de swab de vigilância de um hospital da região noroeste do Paraná. As amostras foram identificadas por metodologia manual, a resistência foi visualizada por meio da técnica de disco difusão, sendo que foi verificada a produção de enzimas de betalactamase espectro estendido (ESBL) por meio da técnica de discos de aproximação e pela reação em cadeia da polimerase (PCR) para aquelas amostras ESBL positivo ou resistentes a carbapenêmicos (CR). Foram investigados os genes de β-lactamase, blaCTX-M1, blaCTX-M15, blaCTX-M2, blaCTX-M8, blaCTX-M9 e bla CTX-M25 e para genes de carbapenemases, blaKPC e blaNDM. Como resultado foram obtidos que 43,2% dos isolados foram positivos para Klebsiella pneumoniae, 24,6% para Escherichia coli, 15,3% para Serratia marcescens e 11,9% para Enterobacter spp. Destes, K. pneumoniae apresentou as maiores taxas de resistência sendo 18% ESBL positivo e 40% das suas amostras CR e, o segundo a apresentar maiores taxas foi S. marcescens apresentou 66,66% dos seus isolados positivos para ESBL, ao investigar os genes presentes em ambos, verificou-se predominância em K. pneumoniae sendo que 93% apresentaram o gene do grupo 1 blaCTX-M1, destes 90% também carreavam o blaCTX-M15, o qual está presente como subgrupo do grupo 1. Em relação à S. marcescens, 22,2% apresentaram o gene blaCTX-M8. Resistência a carbapenêmicos foi detectada apenas em K. pneumoniae, sendo que 90% apresentaram o gene blaKPC, e nenhuma o gene blaNDM. Em conclusão verificou-se uma alta prevalência de K. pneumoniae CR portadoras de blaKPC. Entre as bactérias produtoras de ESBL, o gene blaCTX-M1  foi o mais frequente.
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CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE ENTEROBACTERALES MULTIRESISTENTES A ANTIMICROBIANOS DE NEONATOS DE UM HOSPITAL NA ZONA NOROESTE DO PARANÁ.

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3232524046

  • Palavras-chave: Neonatos, Klebsiella pneumoniae, Serratia marcescens, Enterobacterales, Carbapenêmicos, Betalactamase de espectro ampliado.

  • Keywords: Neonatos, Klebsiella pneumoniae, Serratia marcescens, Enterobacterales, Carbapenêmicos, Betalactamase de espectro ampliado.

  • Abstract: In 2017, the World Health Organization grouped a series of pathogens as priorities for the development of new antimicrobials. Among them are enterobacterales, resistant to beta-lactams. Considering that newborns are more vulnerable to infections, as they do not have a mature immune system and frequently use a series of antimicrobials, this study aims to phenotypically and genotypically characterize Enterobacterales obtained from surveillance swab cultures from a hospital in the northwest region of Paraná. . The samples were identified using manual methodology, resistance was visualized using the disk diffusion technique, and the production of extended spectrum beta-lactamase (ESBL) enzymes was verified using the approximation disk technique and polymerase chain reaction. (PCR) for those ESBL positive or carbapenem resistant (CR) samples. The β-lactamase genes, blaCTX-M1, blaCTX-M15, blaCTX-M2, blaCTX-M8, blaCTX-M9 and bla CTX-M25, and the carbapenemases genes, blaKPC and blaNDM, were investigated. As a result, 43.2% of the isolates were positive for Klebsiella pneumoniae, 24.6% for Escherichia coli, 15.3% for Serratia marcescens and 11.9% for Enterobacter spp. Of these, K. pneumoniae presented the highest resistance rates, with 18% being ESBL positive and 40% of its samples CR, and the second to present the highest rates was S. marcescens, presenting 66.66% of its isolates positive for ESBL, when investigating the genes present in both, there was a predominance in K. pneumoniae, with 93% presenting the blaCTX-M1 group 1 gene, of which 90% also carried blaCTX-M15, which is present as a subgroup of group 1. In relation to S. marcescens, 22.2% presented the blaCTX-M8 gene. Resistance to carbapenems was detected only in K. pneumoniae, with 90% having the blaKPC gene, and none the blaNDM gene. In conclusion, there was a high prevalence of K. pneumoniae CR carrying blaKPC. Among ESBL-producing bacteria, the blaCTX-M1 gene was the most common.

  • Luana Vilella de Freitas
  • Jaqueline Dario Capobiango
  • Thaliny Leal Specian Sestak
  • Mariana Eches Urbaneja Gasparotti
  • Deisy Mara Lima de Oliveira
  • Stefani Lino Cardim
  • Alanis Cassamassimo Cardoso
  • Maria Júlia Moreira Onça
  • Edvaldo Rodrigues de Oliveira Júnior
  • Julia da Silva Pimenta
  • Eliana Carolina Vespero
  • Márcia Regina Eches Perugini
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