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capa do ebook Captura e regulação: investimentos biopolíticos na saúde da população trans

Captura e regulação: investimentos biopolíticos na saúde da população trans

Este texto objetiva problematizar condições de acesso ao Processo

Transexualizador via Sistema Único de Saúde (SUS), considerando modos de

investimento biopolítico voltados à população trans. Para isto, parte de uma perspectiva

pós-estruturalista da Psicologia Social e da Saúde. Como estratégia metodológica,

fez-se uso do rastreamento de materiais bibliográficos e documentais referentes

à temática, apoiando-se em ferramentas conceituais de Michel Foucault, como

subjetividade, verdade e governamentalidade, desenvolvidas na relação entre governo

da vida e ética. As discussões focalizam nas práticas psicológicas e biomédicas que

coexistem ao longo do Processo, o que possibilita discutir movimentos de regulação

das experiências de transição de gênero e readequação do sexo, considerando o

modo como estas práticas tornam possível certas formas de relação com a vida. O

itinerário de pesquisa permitiu compreender que o acesso a determinadas tecnologias

é condicionado às práticas trans-específicas, que operam na lógica da patologização

e regulação das identidades trans. Através de relações entre saber e poder criase condições para que os sujeitos se adequem aos parâmetros de inteligibilidade

de gênero. Portanto, as práticas psicológicas se encontram comprometidas com

a normalização e regulação de existências, o que fragiliza possibilidades de

operacionalizar ações voltadas à potencialização destes corpos no mundo. Assim, as

discussões apresentadas contribuem para reflexões ético-políticas sobre a Psicologia

e suas práticas na atualidade.

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Captura e regulação: investimentos biopolíticos na saúde da população trans

  • DOI: 10.22533/at.ed.16218191215

  • Palavras-chave: Biopolítica; Subjetividade; Processo Transexualizador; Psicologia

  • Keywords: Biopolitics; Subjectivity; Transexualization Process; Psychology.

  • Abstract:

    This text aims to problematize conditions of access to the Transexualization

    Process via the Unified Health System, considering biopolitical investment at the trans

    population. For this, the analyses start from a poststructuralist perspective of Social

    and Health Psychology. As a methodological strategy, we use the bibliographical and

    documentary materials related to the thematic, based on Michel Foucault’s conceptual

    tools, such as subjectivity, truth and governmentality, developed in the relationship

    between government of life and ethics. The discussions focus on the psychological

    and biomedical practices that coexist throughout the Process, which makes possible

    to discuss movements to regulate the experiences of gender transition and gender

    readjustment, considering how these practices make possible certain forms of

    relationship with life. The research itinerary allowed us to understand that access to

    certain technologies is conditioned to the trans-specific practices, which operate in the

    logic of the pathologization and regulation of trans identities. Through relationships

    between knowledge and power, are created some conditions that make possible for

    subjects to adapt to the parameters of gender intelligibility. Therefore, psychological

    practices are compromised with the normalization and regulation of existences, which

    weakens possibilities of operationalizing actions aimed at the potencialization of these

    bodies in the world. Thus, the discussions presented contribute to ethical-political

    reflections on Psychology in present.

  • Número de páginas: 15

  • Júlia Arruda da Fonseca Palmiere
  • Anita Guazzelli Bernardes
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