Capacidade de Ancoragem de Conectores com Cabeça em Conexões Viga-pilar de Concreto Armado
Em inúmeras situações o uso de barras com gancho para conectar diferentes membros estruturais é inconveniente devido a limitações geométricas. Em alguns casos, a curvatura do gancho e o comprimento de ancoragem necessário não se ajustam às dimensões dos elementos. Eles também podem levar ao congestionamento da armadura, dificultando a colocação e a consolidação de concreto. Os conectores com cabeça, por sua vez, consistem em alternativas promissoras em tais circunstâncias, uma vez que evidências numéricas e experimentais mostram que o comprimento de ancoragem requerido pode ser reduzido significativamente com a sua utilização, otimizando os processos de detalhamento, construção, favorecendo também a flexibilidade estrutural. Este trabalho apresenta os resultados de 6 testes de arrancamento em conectores com cabeça embutidos em prismas de concreto armado que simulam conexões viga-pilar. A influência do comprimento de embutimento (hef) e diâmetro da barra (Φc) na capacidade de ancoragem dos conectores e é analisada e discutida. Os resultados experimentais são comparados com estimativas determinadas conforme os modelos de cálculo propostos por Regan (2000), Eurocode 2 (2010), ETAG/EOTA Anexo C (2010), FIB Bulletin 58 (2011) e ACI 318 (2019) para avaliar o desempenho dos tais. De acordo com os resultados experimentais, a capacidade máxima de ancoragem e a acurácia dos modelos teóricos mostraram-se afetadas pelo valor de hef. Dentre os modelos teóricos avaliados, o proposto por Regan (2000) apresentou estimativas mais acuradas, com uma média igual a 1,18 para a razão entre as resistências experimentais e estimadas, desvio padrão igual a 0,20 e coeficiente de variação igual a 0,17.
Capacidade de Ancoragem de Conectores com Cabeça em Conexões Viga-pilar de Concreto Armado
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DOI: 10.22533/at.ed.70120090720
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Palavras-chave: Conexão viga-pilar, capacidade de ancoragem, barras com cabeça, cone de concreto.
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Keywords: Beam-column joints, anchorage capacity, headed anchors, concrete breakout.
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Abstract:
There are numerous situations in which the use of hooked bars to connect different structural members is inconvenient due to geometrical limitations. In some cases, the curvature of the hook and the required anchorage length do not fit within the dimensions of the elements. They can also lead to reinforcing congestion, hindering concrete placing and consolidation. Headed bars are increasingly used as an alternative in such cases, as the literature shows that their anchorage length can be significantly reduced, thus optimizing the detailing and construction processes, also favoring structural flexibility. This paper presents the results of six pullout tests on headed anchors embedded in reinforced concrete prisms which were idealized to represent beam-column joints. The influence of the embedment length (hef) and bar diameter (Φc) on the anchorage capacity of the anchors is analyzed and discussed. The resistances measured in the tests are compared to theoretical ones which were calculated according to calculation models proposed by Regan (2000), Eurocode 2 (2010), ETAG/EOTA Anexo C (2010), FIB Bulletin 58 (2011) e ACI 318 (2019). According to the experimental results, the ultimate pullout strength and the accuracy of the theoretical models were shown to be affected by the embedment length. Among the theoretical models analyzed, the one proposed by Regan (2000) presented the most accurate estimates, with an average of 1,18 for the ratio between the experimental and estimated strengths, standard deviation of 0,20, and coefficient of variation equal to 0,17.
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Número de páginas: 18
- Ana Paula Bona Barros Medeiros
- Guilherme Oití Berbert-Born
- João Gabriel Pacheco Monteiro
- Marcos Honorato de Oliveira
- Maurício Ferreira de Pina
- Nataniel Wontoon Barbosa Lima