BULLYING E SEUS PRATICANTES: A PERCEPÇÃO DE PROFESSORES
O bullying escolar ocupa lugar de
destaque na atualidade, tornando-se objeto
de estudo em diferentes pesquisas que o
abordam sob uma perspectiva que tipifica
os comportamentos dos sujeitos, definindo
os papeis de agressor e de vítima diante
do fenômeno. Entendendo o bullying como
um fenômeno social, buscamos analisá-lo a
partir dos sujeitos nele envolvidos. Como um
dos responsáveis no combate a este tipo de
violência, verificar a percepção dos professores
sobre o bullying e os seus praticantes pode
ampliar a compreensão do fenômeno. Esta
pesquisa se caracterizou por um estudo ex post
facto, transversal, descritivo e exploratório. Foi
utilizado um questionário semiestruturado e
autoadministrável, com 18 questões abertas e
fechadas, elaborado para esta pesquisa, com
o qual, investigamos 69 docentes, de ambos
os sexos, que atuam no ensino fundamental
II e no ensino médio, em uma escola pública
localizada no interior do Estado do Rio de
Janeiro. Os resultados sustentam parcialmente
os dados encontrados em pesquisas anteriores
e demonstram que o bullying não é um
fenômeno recorrente como é divulgado (72,4%
dos docentes percebem que o bullying ocorre
nunca, quase nunca ou às vezes). Além de
sugerir que o processo de socialização ao longo
dos anos de escolaridade pode colaborar para
a internalização de atitudes e comportamentos
que contribuirão para superar os episódios de violência, indisciplina e bullying.
Desta forma, alertamos para o cuidado ao se rotular/estigmatizar o aluno praticante
de bullying, considerando-o como um sujeito com características inatas e fadado à
delinquência futura.
BULLYING E SEUS PRATICANTES: A PERCEPÇÃO DE PROFESSORES
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DOI: 10.22533/at.ed.58420190310
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Palavras-chave: Bullying escolar; Indisciplina; Professores; Socialização; Nobert Elias.
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Keywords: School bullying; Indiscipline; Teachers; Socialization; Nobert Elias.
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Abstract:
School bullying occupies a prominent place nowadays, becoming an
object of study in different researches that approach it from a perspective that typifies
the behaviors of the subjects, defining the roles of aggressor and victim in the face of the
phenomenon. By understanding bullying as a social phenomenon, we seek to analyze
it from the perspectives of the subjects involved, particularly teachers. Verifying the
teachers’ perception of bullying and its practitioners may increase the understanding
of the phenomenon. This research was characterized by an ex post facto, transversal,
descriptive and exploratory study. A semi-structured and self-administered questionnaire
was used, with 18 open and closed questions, designed for this research, with which 69
teachers of both sexes, who work in elementary school II and high school, at a public
school located in the interior of the State of Rio de Janeiro were investigated. The
results partially support the data found in previous researches that point to the presence
of bullying at school. The data indicate that bullying is not a recurring phenomenon as
it is reported (72.4% of the investigated teachers perceive that bullying occurs “never”,
“almost never” or “sometimes”) and suggest that the socialization process along school
years can contribute to the internalization of attitudes and behaviors that will contribute
to overcome episodes of violence, indiscipline and bullying. In this way, we alert to the
care when labeling / stigmatizing the student who practices bullying, considering him
as a subject with innate characteristics and doomed to future delinquency.
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Número de páginas: 10
- Katarina Pereira dos Reis
- Matheus Ramos da Cruz
- Ulhiana Maria Arruda Medeiros
- Pâmella Cristina Dias Xavier
- José antonio Vianna
- Telma Antunes Dantas Ferreira