Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Black Mirror versus Halbwachs, 100 anos depois: os quadros sociais da memória em um futuro tecnológico possível(?)

O estudo da memória sob o ponto de vista das ciências sociais possibilita, ao pesquisador, enquanto mergulha em um vasto universo abstrato e conceitual, tornar-se laboratório e experimentá-lo, uma vez pertencente a uma rede de contextos sociais, enquanto criador e mantenedor de memórias coletivas. Em quatro episódios da série britânica Black Mirror, encontramos marcantes elementos para análise à luz do pensamento de Maurice Halbwachs (1877-1945) em um exercício de identificação do uso dos quadros/marcos sociais da memória como instrumentos para as inovações tecnológicas e suas consequências apresentadas pelos aclamados roteiros e conceitos da franquia. Em cenários futurísticos não muito distantes, a interação humana é complementada (controlada?) pela inteligência artificial a ponto de manipular a memória em proporções inéditas, demonstrando, 100 anos após a publicação de Os Quadros Sociais da Memória, a grande contribuição dos conceitos desenvolvidos pelo inquieto discípulo de Bergson e Durkheim.
Ler mais

Black Mirror versus Halbwachs, 100 anos depois: os quadros sociais da memória em um futuro tecnológico possível(?)

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.4012521034

  • Palavras-chave: Memória, Maurice Halbwachs, Memória coletiva, Black Mirror, Quadros sociais da memória.

  • Keywords: Memory, Maurice Halbwachs, Collective memory, Black Mirror, Social frameworks of memory.

  • Abstract: The study of memory from the perspective of social sciences allows the researcher, while diving into a vast abstract and conceptual universe, to become both the laboratory and the experimenter, being part of a network of social contexts as a creator and keeper of collective memories. In four episodes of the british series Black Mirror, we find significant elements for analysis in light of the thoughts of Maurice Halbwachs (1877-1945) in an exercise of identifying the use of social frameworks of memory as tools for technological innovations and their consequences presented by the acclaimed scripts and concepts of the franchise. In futuristic scenarios not too far off, human interaction is complemented (controlled?) by artificial intelligence to the point of manipulating memory in unprecedented proportions, demonstrating, 100 years after the publication of Les Cadres Sociaux de la Mémoire, the significant contributions of concepts developed by the restless disciple of Bergson and Durkheim.

  • Plácido Oliveira Mendes
  • Felipe Eduardo Ferreira Marta
Fale conoscoWhatsapp