BIODIVERSIDADE DE PLANTAS E A PRODUTIVIDADE DE ECOSSISTEMAS PASTORIS
Nas últimas décadas têm se aumentado a preocupação com a compatibilidade entre a produção de alimentos e o aumento significativo da população mundial. Nesse sentido, grandes áreas formadas por ecossistemas de pastagens naturais, têm sido substituídas por monocultivos de espécies forrageiras melhoradas geneticamente. No entanto, a tentativa de aumentar a produtividade primária por meio do uso de espécies mais produtivas tem levado a redução da funcionalidade dos serviços ecossistêmicos fornecidos por ecossistemas mais biodiversos (tais como, contaminação do lençol freático, lixiviação de nutrientes, menor entrada de energia no sistema, compactação do solo, entre outros) decorrente de sua simplificação (redução da diversidade de espécies). Nesse contexto, se acreditava que a produtividade e a diversificação dos sistemas caminhavam em sentidos opostos. Contudo, por meio de estudos realizados em ecossistemas pastoris naturais mostrou-se que, de um modo geral, há uma relação positiva entre diversidade e produtividade. Seguindo esta linha de raciocínio, é provável que esta relação também possa ser válida para sistemas multiespecíficos gerados a partir de espécies cultivadas (exóticas e/ ou melhoradas geneticamente). Entretanto, para que isso seja verdadeiro, as espécies que constituem o sistema obrigatoriamente precisam coexistir. Nesse sentido, alguns estudos realizados recentemente com misturas de gramíneas cultivadas validaram estas hipóteses (DUCHINI, 2017; MIQUELOTO, 2018; READ; LANG; ADELI, 2014). Com base no exposto, este capítulo objetiva a) evidenciar alguns fatores que mediam a competição e coexistência entre plantas (variação de fatores físicos/ nutrientes e o manejo do sistema) e b) relatar os benefícios trazidos pela diversificação dos sistemas.
BIODIVERSIDADE DE PLANTAS E A PRODUTIVIDADE DE ECOSSISTEMAS PASTORIS
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Atena
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Tiago Miqueloto