Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

BARREIRAS LINGUÍSTICAS, ACESSO, EQUIDADE E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NAS POPULAÇÕES INDÍGENAS

O Brasil tem 1.693.535 pessoas indígenas, mais de 305 etnias e cerca de 274 línguas faladas, segundo o IBGE (2022). Nesse contexto, a promoção de cuidados de saúde mais seguros, confiáveis e eficazes precisa estar alinhada às realidades socioculturais dos povos indígenas. Este capítulo explora como as barreiras linguísticas, aliadas à falta de acesso e equidade, se constituem como determinantes críticos de risco assistencial, com foco em comunidades como os Fulni-ô, Yanomami, Guarani-Kaiowá, Tikuna entre outros. Também são discutidas estratégias baseadas em inovação, evidência e governança que visam qualificar a segurança do paciente no Sistema Único de Saúde (SUS), alinhando-se à política de práticas seguras no cuidado à saúde. O objetivo deste capítulo é promover discussões para fortalecimento, consolidação de conhecimentos e desenvolvimento de práticas seguras que respeitem as especificidades culturais e linguísticas das comunidades indígenas, contribuindo para um cuidado confiável e equitativo. Foi realizada uma revisão integrativa dos últimos cinco anos (2020 A 2025) para avaliar as barreiras linguísticas e comunicacionais, que impactam diretamente na adesão ao tratamento de saúde e na segurança do paciente. Observou-se que a Atenção Primária à Saúde (APS) no contexto indigena precisa ser adaptada às especificidades socioculturais, territoriais e linguísticas, de modo a assegurar equidade e integralidade no cuidado. Concluiu-se que as barreiras linguísticas, o acesso limitado e a persistência de iniquidades representam desafios substanciais para a segurança do paciente nas populações indígenas no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Ler mais

BARREIRAS LINGUÍSTICAS, ACESSO, EQUIDADE E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NAS POPULAÇÕES INDÍGENAS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6691725210814

  • Palavras-chave: Barreiras Linguísticas; Segurança do Paciente; Saúde Indígena.

  • Keywords: Language Barriers; Patient Safety; Indigenous Health

  • Abstract: Brazil has 1,693,535 Indigenous people, more than 305 ethnic groups, and approximately 274 languages ​​spoken, according to the IBGE (2022). In this context, the promotion of safer, more reliable, and more effective healthcare needs to be aligned with the sociocultural realities of Indigenous peoples. This chapter explores how language barriers, combined with lack of access and equity, constitute critical determinants of healthcare risk, focusing on communities such as the Fulni-ô, Yanomami, Guarani-Kaiowá, Tikuna, and others. It also discusses strategies based on innovation, evidence, and governance that aim to improve patient safety in the Unified Health System (SUS), aligning with the policy of safe practices in healthcare. The objective of this chapter is to promote discussions to strengthen, consolidate knowledge and develop safe practices that respect the cultural and linguistic specificities of indigenous communities, contributing to reliable and equitable care. An integrative review of the last five years (2020 to 2025) was carried out to assess linguistic and communication barriers, which directly impact adherence to health treatment and patient safety. It was observed that Primary Health Care (PHC) in the Indigenous context needs to be adapted to sociocultural, territorial, and linguistic specificities to ensure equity and comprehensive care. It was concluded that language barriers, limited access, and persistent inequities pose substantial challenges to patient safety among Indigenous populations within the Unified Health System.

  • Silvia Magna Barboza
  • GISELLE CARLOS SANTOS BRANDÃO MONTE
  • Carolyn Cristina Reis
  • Rossana Teotônio de Farias Moreira
  • Maria da Conceição Sousa de Abreu
  • Mara Cristina Ribeiro
  • Juliane Cabral Silva
  • Kristiana Cerqueira Mousinho
Fale conosco Whatsapp