Este artigo analisa como os elementos performáticos presentes na cultura ballroom funcionam como ferramentas de empoderamento, luta e resistência para a comunidade LGBTQIAPN+ em Teresina, Piauí. A pesquisa parte da contextualização histórica do movimento ballroom, surgido nos anos 1970, em Nova York, originalmente entre pessoas negras e latinas LGBTQIAPN+, e examina sua expansão e ressignificação no contexto brasileiro e local. O estudo utiliza abordagem qualitativa, com entrevistas e observação participante, destacando a importância das performances, das houses e das balls como espaços de afirmação identitária, política e artística. Os resultados evidenciam que o ballroom, além de expressão estética, é um potente instrumento de combate à LGBTfobia, racismo e marginalização, promovendo acolhimento, visibilidade e pertencimento para seus participantes em Teresina.