O presente artigo demostra e

discute a importância de avaliar a qualidade da

educação ofertada aos bebês e crianças, em

âmbito institucional participativo nas unidades

de creche, atrelada a constatação de que a

formação inicial do professor de educação

infantil necessita ser ressignificada e construída

a partir da compreensão das particularidades

e especificidades desta faixa etária e da

concepção de bebê e criança como sujeitos

ativos, inventivos e inteligentes. Parâmetros

necessários para que sejam rompidas posturas

“higienistas” e “escolarizantes”. Busnel (1997)

destaca que os pequenos sabem o que é bom

para eles e que é importante conhecer seus

desejos e respeitá-los. Neste sentido, as práticas

pedagógicas devem ser sustentadas por uma

visão de currículo construído com o bebê e com

a criança e não para eles, onde a escuta e a

leitura de seus gestos e olhares prevalecem

ao que se pressupõe importante eles saberem.

Com base, no princípio da participação, os

dados demonstram que o uso do documento

Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana (2016) contribui para o processo

coletivo de discussão sobre a qualidade, mas

enfatiza a importância da compreensão na

aplicação da metodologia autoavaliativa. Lima

(2011) define aspectos importantes e atribui a

participação às atitudes demonstradas no grupo,

que influenciam na participação dos sujeitos.

A discussão demonstra que os resultados da

autoavaliação são materiais interessantes

para que as unidades se utilizem para sua

própria gestão, propondo ações de mudança

e na formação dos profissionais de todos os

segmentos envolvidos. Portanto, conclui-se

que o instrumento possui um papel importante

para estimular a construção de uma qualidade

negociada entre todos seus atores, além de

implicar na presença atuante dos familiares na

creche.