A febre Chikungunya é uma doença emergente, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV) que se espalhou por diversos continentes. No Brasil, a doença rapidamente encontrou afinidade nos aspectos ambientais, sociais e de infraestrutura pública do país. Dores crônicas, artropatias e doenças reumatológicas são os sintomas mais corriqueiros da doença. No entanto, não há tratamento específico contra o CHIKV. Analgésicos, corticoides, relaxantes musculares e fisioterapia são as recomendações propostas para redução dos sintomas. O exercício físico pode ser uma ferramenta não farmacológica importante no combate da doença. Objetivo do trabalho foi identificar quais os impactos multidimensionais das dores crônicas após a febre Chikungunya em uma amostra de pacientes infectados no ano de 2016 com acometimento de sintomas dolorosos crônicos. 42 sujeitos foram avaliados em uma amostra de conveniência atendidos pela Unidade Básica de Saúde de Redenção, município de Vitória de Santo Antão, estado de Pernambuco. A característica amostral apresentou predominância feminina (84,7%). A idade média foi de 43 anos. 62% da amostra apresentaram dor no momento da abordagem. Joelhos e punhos foram as articulações mais afetadas com 25% da representação amostral total. Nossos achados evidenciaram os processos dolorosos crônicos pós Chikungunya com grande acometimento no número dos indivíduos infectados. As estratégias de tratamento utilizadas atualmente não apresentaram eficiência significativa para a remissão definitiva dos sintomas, fazendo necessário o desenvolvimento de intervenções multidisciplinares e estudos de terapêuticas alternativas para o manejo eficiente da doença crônica, com o objetivo de minimizar seus impactos sociais e econômicos para os indivíduos e para a população geral.