AVALIAÇÃO IN VITRO e IN VIVO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO DE PRÓPOLIS SOBRE CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
A candidíase vulvovaginal (CVV)
é uma vaginite comum que afeta mulheres
especialmente em idade fértil. Candida albicans
é a levedura responsável por quase 80% dos
casos, porém outras espécies, como C. glabrata,
C. tropicalis e C. parapsilosis, também podem
causar CVV. Essas etiologias têm aumentado
e com isso, também o perfil de resistência aos
antifúngicos convencionais. Atualmente, os
protocolos de tratamento da CVV baseiam-se
na classificação clínica em CVV complicada e
CVV não-complicada, que estratifica a infecção
de acordo com a intensidade e frequência das
manifestações clínicas, bem como as espécies
envolvidas. Na terapêutica, considerando o
limitado arsenal de fármacos disponível e o
crescente perfil de resistência fúngica, a busca por novas fontes terapêuticas, com
baixa toxicidade e fácil administração, deve ser motivada. O extrato de própolis
(PRPe) tem sido utilizado em diversos tratamentos, considerando sua composição e
propriedades farmacológicas que permitem uma ampla aplicabilidade, inclusive como
agente antifúngico. Este estudo relata uma experiência in vitro e in vivo da utilização
do PRPe. In vitro, os isolados clínicos de C. albicans e C. glabrata foram sensíveis a
atividade antifúngica do PRPe. Adicionalmente, o estudo in vivo, com modelo murino
de CVV por C. albicans, mostrou uma expressiva redução da carga fúngica e uma
reorganização epitelial nos animais tratados com própolis, comparado ao controle.
Esses resultados atestam a oportunidade promissora do PRPe no tratamento da CVV
e representam um incentivo ao desenvolvimento de pesquisas de fase clínica.
AVALIAÇÃO IN VITRO e IN VIVO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO DE PRÓPOLIS SOBRE CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
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DOI: 10.22533/at.ed.8191913118
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Palavras-chave: própolis; candidíase experimental; antifúngico.
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Keywords: propolis; experimental candidiasis; antifungal.
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Abstract:
Vulvovaginal candidiasis (VVC) is a common vaginitis that affects women,
especially at childbearing age. Candida albicans is responsible for almost 80% of cases,
but other species such as C. glabrata, C. tropicalis and C. parapsilosis may also cause
VVC. These etiologies have increased and also the resistance profile to conventional
antifungals. Currently, VVC treatment protocols are based on the clinical classification
into complicated and uncomplicated VVC, which stratifies the infection according to
the intensity and frequency of clinical signs, as well as the species involved. In therapy,
considering the limited arsenal of drugs available and the growing fungal resistance
profile, the search for new therapeutic sources with low toxicity and easy administration
should be motivated. The propolis extractive solution (PRPe) has been used in several
treatments, considering its composition and pharmacological properties that allow a
wide applicability, including as an antifungal agent. In this study, were reported an in
vitro experiment of PRPe against clinical isolates of C. albicans and C. glabrata which
an expressive PRPe antifungal activity. An in vivo study has been also performed with
a murine model of VVC by C. albicans, which showed a significant reduction in fungal
burden and an epithelial reorganization in the propolis-treated animals, compared to
control. These results attest to the promising opportunity of PRPe in the VVC treatment
and represent an incentive for the development of clinical phase research.
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Número de páginas: 15
- Amanda Pohlmann Bonfim
- Andressa Gimenes Braga
- Karina Mayumi Sakita
- Daniella Renata Faria
- Glaucia Sayuri Arita
- Franciele Abigail Vilugron Rodrigues Vendramini
- Isis Regina Grenier Capoci
- Marcos Luciano Bruschi
- Érika Seki Kioshima
- Patrícia de Souza Bonfim-Mendonça
- Terezinha Inez Estivalet Svidzinski