Introdução: A fumaça do cigarro é um agente tóxico que causa inflamação das vias aéreas, estresse oxidativo e declínio da função pulmonar, levando à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O Resveratrol é um antioxidante que pode ser encontrado em diversas plantas e atua protegendo o organismo contra o estresse oxidativo, combatendo inflamações e prevenindo contra doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do resveratrol na redução do estresse oxidativo e inflamação induzidos pela fumaça do cigarro em células de macrófagos alveolares (J774A.1)  in vitro. Metodologia: Macrófagos alveolares J774- A1 derivadas de camundongos Balb/c foram cultivados em estufa e posteriormente foram expostas a diferentes concentrações de extrato de fumaça de cigarro e Resveratrol. A viabilidade celular foi avaliada por ensaio de resazurina, a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) foi medida com diclorofluoresceína, e a produção de óxido nítrico (NO) foi avaliada pelo método de Griess. Resultados: O Resveratrol  nas concentrações de 25 μM e 50 μM reduziu significativamente a geração de ROS e NO induzida por diferentes concentrações de extrato de fumaça em macrófagos J774A.1. O Resveratrol não interferiu na viabilidade celular mesmo quando utilizado em altas concentrações. Conclusão: O Resveratrol mostrou potencial para reduzir o estresse oxidativo e a inflamação induzidos pela fumaça do cigarro em macrófagos J774A.1, indicando sua viabilidade como agente terapêutico para mitigar os efeitos do tabagismo. Esses resultados in vitro sugerem a necessidade de estudos in vivo para aplicações clínicas no tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo.