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capa do ebook AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM A UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO

AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM A UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia do controle em plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays), cultivado em sistema plantio direto, na região do município de Nova Boa Vista, no estado do Rio Grande do Sul, através de manejo químico, em pós-emergência da cultura, com herbicidas registrados no Ministério da Agricultura. O experimento foi conduzido durante a safra 2017/2018, dispostos em delineamento de blocos ao acaso, com cinco tratamentos, quatro repetições e uma testemunha. Foram avaliados os seguintes defensivos agrícolas: Glifosato; Tembotriona; Atrazina + Glifosato; Tembotriona + Atrazina; Atrazina + Simazina, e testemunha sem uso de produtos químicos, com presença de plantas daninhas, em todos os tratamentos foi usado adjuvante mineral, as doses utilizadas nos herbicidas foram seguidas conforme indicação do fabricante. Os resultados finais mostram que não houve diferença entre os herbicidas testados e na testemunha teve acréscimo de mais plantas daninhas na segunda contagem. 

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AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM A UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO

  • DOI: 10.22533/at.ed.7332013109

  • Palavras-chave: herbicidas, milho, plantio direto, pós-emergência.

  • Keywords: herbicides, corn, no-till, post-emergence.

  • Abstract:

     

    AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM A UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO

     

    EVALUATION OF THE PERCENTAGE OF CONTROL OF WEEDS WITH THE USE OF DIFFERENT HERBICIDES IN MAIZE CROP

     

    Denilso José Mombelli

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/6785553926006855

    [email protected] 

    Diego Adriano Barth

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/9196373077840152

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    Adroaldo Berti 

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/1369194254515162

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    Jarbas Kraemer

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/9555645912009895

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    Allison Berghahn

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/5033442139076601

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    Ilvandro Barreto de Melo

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/4316131994515044

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    Leonita Beatriz Girardi

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/8898312307430408

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    Ritieli Baptista Manbrin

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/1036720941139424

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    José de Alencar Lemos Vieira Junior

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/3428554357034605

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    Rodrigo Luiz Ludwig

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/09207803351259916

    [email protected]

     

    Data de Submissão: 07/07/2020 

     

    RESUMO: Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia do controle em plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays), cultivado em sistema plantio direto, na região do município de Nova Boa Vista, no estado do Rio Grande do Sul, através de manejo químico, em pós-emergência da cultura, com herbicidas registrados no Ministério da Agricultura. O experimento foi conduzido durante a safra 2017/2018, dispostos em delineamento de blocos ao acaso, com cinco tratamentos, quatro repetições e uma testemunha. Foram avaliados os seguintes defensivos agrícolas: Glifosato; Tembotriona; Atrazina + Glifosato; Tembotriona + Atrazina; Atrazina + Simazina, e testemunha sem uso de produtos químicos, com presença de plantas daninhas, em todos os tratamentos foi usado adjuvante mineral, as doses utilizadas nos herbicidas foram seguidas conforme indicação do fabricante. Os resultados finais mostram que não houve diferença entre os herbicidas testados e na testemunha teve acréscimo de mais plantas daninhas na segunda contagem. 

     

    Palavras-chave:  herbicidas, milho, plantio direto, pós-emergência.

     

    ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the efficacy of weed control in maize (Zea mays) cultivated under no - tillage system in the Nova Boa Vista municipality, in the state of Rio Grande do Sul, through chemical, in post-emergence of the crop, with herbicides registered in the Ministry of Agriculture. The experiment was conducted during the 2017/2018 harvest, arranged in a randomized block design, with five treatments, four replicates and one control. The following pesticides were evaluated: Glyphosate; Tembotrione; Atrazine + Glyphosate; Tembotrione + Atrazine; Atrazine + Simazine, and non-chemical control, with weed presence, in all treatments mineral adjuvant was used, the doses used in the herbicides were followed according to the manufacturer's instructions. The final results show that there was no difference between the herbicides tested and in the control there was an increase of more weeds in the second count.

     

    Keywords: herbicides, corn, no-till, post-emergence.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    Desde o início da agricultura sempre houve preocupação com as plantas daninhas, principalmente porque não são utilizadas como alimento ou em outra utilidade pelo ser humano. Por outro lado, essas plantas podem causar problemas quando presentes no momento e local indesejado. Geralmente, todas as espécies desse tipo de planta possuem uma boa adaptabilidade às diferentes condições de clima, solo e temperatura. Também podem ser muito favorecidas pela elevada produção de sementes, fácil disseminação, inclusive por longas distâncias, bom mecanismo de dormência e reprodução, velocidade no desenvolvimento inicial, produção de exsudatos nocivos às plantas concorrentes e elevado potencial competitivo. Com o aumento contínuo da área explorada no país, ocorre junto a expansão dessas plantas e cada vez mais interferirá nos sistemas agrícolas (PITELLI; PITELLI, 2008).

    Com a evolução das práticas culturais, alguns métodos para o controle de plantas daninhas foram surgindo. No começo da exploração de culturas, o controle era manual e realizado por “arranquio” e capina, necessitando uma significativa mão de obra humana. Com o passar dos anos, esse manejo passou a ser realizado com tratores e capinadeiras. Existem métodos de controle para plantas daninhas, cujo classificação é do tipo preventivo, cultural, físico, biológico e químico (SILVA, 2014). Todas as formas de manejo possuem vantagens e desvantagens, porém, em relação ao controle químico, estão surgindo resistências de diversas espécies aos produtos utilizados. Tais resistências podem estar ocorrendo pelo uso inadequado dos produtos, aplicações em condições de ambientes não favoráveis, como temperatura, velocidade do vento, umidade relativa do ar, pulverizadores em péssimas condições de uso (PITELLI; PITELLI, 2008).

    Em algumas culturas, como o milho, podemos ter sérios problemas com as plantas concorrentes quando não manejadas de forma correta. O prejuízo potencial de plantas daninhas em lavouras de milho pode chegar a 90% do rendimento de grãos (RUEDELL, 1991), principalmente na competição pela água, luz e espaço, que no final levará à produtividade não satisfatória ou aquela que foi planejada no início da implantação da cultura.

    Em relação à interferência causada pela competição de plantas daninhas associadas à cultura do milho, é de extrema importância à realização de um manejo de forma preventiva, aplicação que utilize produtos com efeitos sistêmicos e residuais de tal forma que irá controlar e prevenir a presença de plantas daninhas na fase inicial da cultura. O período crítico de competição pode variar para o milho desde os primeiros 28 (HALL et al., 1992), 34 a 40 (SINGH et al., 1996) e até 56 dias após a emergência (HAAN et al., 1994).

    Conforme a APROSOJA (2012), o cultivo do milho participa da história alimentar mundial há 7.300 anos. Os primeiros cultivos encontrados foram em ilhas próximas ao litoral do México e rapidamente espalharam-se pelo restante daquele país. Com a produção do grão no México, ocorre então a difusão da cultura em países da América Central e América do Sul e, após, com as grandes navegações, o milho se expandiu para outras partes do mundo. Quando chega à Europa, o milho se consolida como fonte alimentar das populações mais humildes e fonte para a ração animal, mas por tais motivos, também era discriminado pela elite europeia. No Brasil, a cultura era utilizada na dieta dos índios antes da chegada dos portugueses. 

    Atualmente, principalmente nos últimos anos, o controle químico das plantas daninhas na cultura do milho vem atingindo grande eficiência e uma boa relação custo-benefício. Porém, a eficácia de controle é variável e dependente das características físico-químicas do produto, condições edafoclimáticas, época de aplicação e espécies de plantas daninhas a serem controladas (Merotto Jr. et al. 1997). Por fim, a avaliação do tipo de herbicida que será utilizado para se efetuar o melhor controle possível, além de outros fatores básicos para um bom controle, como por exemplo, a dose de produto utilizada. 

    Abdelhafid et al. (2000) citam que solos de textura argilosa e elevados teores de matéria orgânica apresentam maior retenção de herbicidas, necessitando de maiores ajustes, principalmente quando o interesse está na atividade residual do herbicida. Fontes et al. (2010) relatam a importância do estudo da dose do herbicida, em relação à textura do solo, para o controle de plantas daninhas, em diferentes sistemas de cultivo.

    Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos seguintes herbicidas: Soberan (Tembotriona), Primóleo (Atrazina), Crucial (Glifosato), Primatop (Atrazina + Simazina), para o controle de plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays) em pós-emergência para assim efetivar o manejo da cultura.

     

    2. MATERIAL E MÉTODOS

        O experimento foi conduzido no município de Nova Boa Vista, localizado no noroeste do Rio Grande do Sul (28°01’08’’ latitude sul, 52°57’59’’ longitude oeste e 482m de altitude, segundo dados IBGE (2011)), durante o período compreendido entre os meses de agosto a dezembro de 2017. A cultura antecedente da área na qual foi realizada o trabalho era milho safrinha; o tipo de solo é classificado como latossolo vermelho; o clima predominante da região é do tipo temperado, com média de temperatura no mês de agosto de 16ºC, em setembro 20ºC, e precipitação referente aos meses foi de 98,6mm.

    Para o manejo do campo, realizou-se uma pré-dessecação de 30 dias antecedentes a data de semeadura e o herbicida utilizado foi Crucial (Glifosato) na dose de 2 l/ha e no dia de plantio foi aplicado mais 2 l/ha do herbicida Paradox (Paraquat) e mais 0,4 l/ha de adjuvante Aureo.

    A semeadura foi realizada no dia 09 de setembro de 2017, com um trator New Holland modelo Tl 65 e uma plantadeira uma Gihal com seis linhas, com espaçamento entre linhas de 0,5 metros, sendo utilizado o híbrido de milho 32R22 YHR. A semente encontrava- se com tratamento industrial e a adubação de base foi de 380 kg/ha com fórmula NPK 11-30-20. As parcelas eram constituídas por cinco linhas com 2,5 metros e como forma de barreira física usou-se quatro linhas (2 metros) entre parcelas e um corredor com 2,5 metros entre os blocos, ambos com propósito de evitar sobreposição de produto nos tratamentos.

    Para a realização das aplicações, utilizou-se uma máquina costal elétrica com capacidade de 16 litros de calda, com quatro pontas de bico leque, numa vazão de 110 litros de calda por hectare. Os produtos foram preparados e misturados no dia 04 de outubro de 2017, antes das aplicações, que iniciaram a partir das 08 horas da manhã. A temperatura estava em 16ºC, o solo encontrava-se com alta umidade e a UR estava aproximadamente em 70%, com vento de 6 km/h. As plantas daninhas encontravam-se emergidas e o milho estava no estágio V4. Para as dosagens dos produtos serem exatas, utilizaram-se seringas de 20 ml, e para a proteção individual do aplicador usou-se EPI’s (luvas, óculos, máscara, tyvek). 

    As plantas daninhas foram contabilizadas antes de realizar a aplicação em cada parcela com uma estrutura metálica que possibilitava a contagem exata de um m², tornando-se padrão para todas as parcelas do ensaio. As plantas existentes eram das espécies corda de viola (Ipomoea spp.), capim milha (Digitaria nuda), leiteiro (Euphorbia prunifolia), picão preto (Bidens pilosa) e buva (Conyza spp.), todas estavam em estádio inicial de desenvolvimento.

    O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados com cinco tratamentos e uma testemunha, todos compostos por quatro repetições. Os produtos usados correspondem ao Crucial (Glifosato) inibidor da enzima EPSPS, na dose de 2 l/ha; Primóleo (Atrazina) inibidor de fotossistema II, na dose de 5 l/ha; Soberan (Tembotriona) inibidor da síntese de carotenóides, na dose de 0,24 l/ha; Primatop (Atrazina mais Simazina) inibidor do fotossistema II, na dose de 6 l/ha e Aureo (adjuvante para herbicidas) na dose de 0,5 l/ha. Na testemunha não foi utilizado nenhum produto para controle de plantas daninhas. As doses foram seguidas conforme indicação da bula do fabricante. Os tratamentos foram distribuídos da seguinte forma: T1: Testemunha, T2: Glifosato, T3: Tembotriona, T4: Atrazina + Glifosato, T5: Tembotriona + Atrazina, T6: Atrazina + Simazina, e em todos os tratamentos utilizou-se adjuvante com os produtos.

     Os dados foram submetidos à análise de variância e comparação de média pelo programa SISVAR.

     

    3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Ao verificar os dados obtidos na plataforma do SISVAR, o software identificou que houve divergência entre os tratamentos com a testemunha, mas não entre os tratamentos, conforme tabelas e resultados a seguir.

    Tabela 1 - Resultados obtidos pelo software SISVAR, antes da aplicação.

    FV

    GL

    SQ

    QM

    Fc

     Pr>Fc

    Tratamento

    5

    9817.708333

    1963.541667

    1.664

    0.20

    Repetição

    3

    11554.125000

    3851.375000

    3.263

    0.05

    Erro

    15

    17705.125000

    1180.341667

       

    Total corrigido

    23

    39076.958333

         

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

    CV (%) = 47.04                   

    Média Geral =     73.04               

    Nº OBS = 24           

    Média harmônica do número de repetições (r): 4           

    Erro padrão: 17.17

    Tabela 2 - Resultado do teste

    Tratamentos

    Médias

    Resultados do teste

    6

    40

    a1

    3

    64

    a1

    1

    71

    a1

    5

    75

    a1

    2

    81

    a1

    4

    108

    a1

    FONTE – Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

       

    Percebe-se que não houve divergência entre nenhum tratamento por não ter sido realizada nenhuma aplicação de herbicida e todas as parcelas apresentavam uma média expressiva de plantas daninhas, inclusive a testemunha, ficando claro que não houve vantagem ou desvantagem de nenhum tratamento em relação ao outro.

    Tabela 3 - Resultados obtidos pelo software SISVAR 11 dias após as aplicações.

    FV

    GL

    SQ

    QM

    Fc

    Pr>Fc

    Tratamento

    5

    54065.375000

    10813.075000

    321.313

    0.00

    Repetição

    3

    125.458333

    41.819444

    1.243

    0.32

    Erro

    15

    504.791667

    33.652778

       

    Total corrigido

    23

    54695.625000

         

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

     

    CV (%) = 26.83                       

    Média Geral = 21.62                       

    Nº OBS = 24                           

    Média harmônica do número de repetições (r): 4   

    Erro padrão: 2.9

    Tabela 4 - Resultado do teste

    Tratamentos

    Médias

    Resultados do teste

    4

    0

    a1

    5

    0

    a1

    3

    0

    a1

    6

    1

    a1

    2

    1

    a1

    1

    128

    a2

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base de dados do programa SISVAR.

    Após o estudo dos dados, nota-se que o coeficiente de variação está dentro do aceitável para trabalhos científicos. Percebe-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos, isto é, todos conseguiram nível satisfatório no controle das plantas daninhas existentes nas parcelas em relação à testemunha.

    Os resultados foram obtidos após 11 dias das aplicações, através de uma nova contagem por m² em cada parcela do experimento e demonstraram que os produtos obtiveram um excelente controle, aplicações de Glifosato (Crucial, tratamento 2) obteve um controle de 99%; aplicação de Tembotriona (Soberan, tratamento 3) obteve-se um controle de 100%; na aplicação de Atrazina com Glifosato (Primóleo + Crucial, tratamento 4) o controle de plantas daninhas ficou em 100%; na aplicação de Tembotriona com Glifosato (Soberan + Crucial, tratamento 5), o controle foi de 100% e na aplicação de Atrazina com Simazina (Primatop, tratamento 6), o controle ficou em 99% ambos os tratamentos foram acrescentados adjuvante Aureo, sendo assim representado no gráfico abaixo:

     

    Figura 1: Representação gráfica sobre a eficiência dos herbicidas. Fonte: elaborado pelos autores do trabalho.

     

    Nas parcelas manejadas com os herbicidas não houve diferença significativa entre os tratamentos, porém no tratamento 2 e 6 restaram plantas de buva (Conyza sp.). O IAF (Índice de Área Foliar) das plantas é um fator importante a ser considerado nas aplicações de herbicidas, com mais folhas, maior a chance de obter um bom resultado nas aplicações, porém plantas em fase adulta são mais difíceis de controlar se comparado às plantas em fase inicial de desenvolvimento. A tecnologia de aplicação a ser utilizada deve estar de acordo com as condições operacionais para obter um bom sucesso na aplicação. A redução no volume de calda na aplicação dos herbicidas é possível, porém, aumenta os riscos de não obter um sucesso desejado no controle, em função da menor quantidade de ativo de produto em contato com a área foliares das plantas, pois a água é o veículo de transporte dos químicos e a baixa vazão resulta em menor quantidade de gotas produzidas. As condições ambientais devem ser as mais adequadas possíveis para a realização das aplicações, a fim de evitar perdas por deriva ou evaporação de gotas, em função de vento, altas temperaturas e baixa umidade. A utilização de pontas adequadas ao volume e o espectro de gotas desejado juntamente com o uso de adjuvantes auxiliam na melhor deposição de gotas e na redução do potencial de deriva (BOLLER et al,.2007).

    Figura 2: contagem das plantas – Foto: Jarbas Kraemer, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 3: Local onde foi realizado o experimento – Foto: Denilso Mombelli, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 4: Produtos utilizados, – Foto: Denilso Mombelli, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 5: Uso de EPI’s – Foto: Jarbas Kraemer, 2017. Nova Boa Vista, RS.

     

    4. CONCLUSÃO

    Desta forma podemos verificar que a cultura do milho (Zea Mays) é uma das principais monocotiledôneas cultivadas, analisando num contexto geral tanto de maneira econômica ou social, por ser um dos produtos de maior importância em relação à sustentabilidade alimentar, utilizado tanto como alimento humano ou para ração animal.

    É de grande importância realizar uma aplicação de herbicidas seguindo a indicação de dosagem que consta na bula do fabricante, juntamente com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo e assim conseguir eficiência no controle das plantas daninhas invasoras. Também é necessário cuidar as questões climáticas, como temperatura, velocidade do vento, umidade relativa do ar e umidade do solo para atingir o alvo desejado e ainda utilizar a dose de calda recomendada para cada manejo, obtendo dessa forma a aplicação correta e prolongar a vida útil dos produtos existentes.

    O experimento não diferiu entre si, exceto os tratamentos da testemunha, verificando assim, a importância de se fazer o controle das plantas daninhas, pois além do controle, diminuímos possíveis perdas ocasionadas por plantas invasoras.  Essas plantas além de causar competição por água, luz e nutrientes, afetam diretamente no rendimento final da cultura impactando economicamente o produtor.

     




    REFERÊNCIAS

     

    ABDELHAFID, R .; HOUOT, S .; BARRIUSO, E. Dependência da degradação da atrasina em C e N Disponibilidade em solos adaptados e não adaptados. Biologia do solo E Bioquímica, Nova Iorque, v. 32, n. 3, p. 389-401,2000.

     

    BOLLER et al., 2007; O volume de calda na aplicação de fungicidas pode influenciar no controle da ferrugem asiática. Boletim técnico CCGL, ano VII- n 49.

     

    FONTES, J. R. A.; GONÇALVES, J. R. P.; MORAIS, R. R. Tolerância do feijão-caupi ao herbicida oxadiazon. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 122-129, 2010.

     

    HAAN, R.L., WYSE, D.L., EHLKE, N.J. ,MAXWELL, B.D. PUTNAM,D. H.Simulação de plantas sufocantes com sementeira. Para controle de ervas daninhas em milho (Zea mays). Erva daninha Sci., V.42, p.35-43, 1994.

     

    HALL, M.R., SW ANTON, C.J., ANDERSON, G.W. O período crítico de controle de ervas daninhas em milho (Zea mays). Nós temos o Sc i. V. 40, P.441-447, 1992.

     

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Relatório de Estação Geodésica. Disponível em: Acesso em: 26 ago 2017.

     

    MEROTTO JÚNIOR, A. et al. Aumento da população de plantas e uso de herbicidas no controle de plantas daninhas em milho. Planta Daninha, Viçosa, v. 15, n. 2, p. 141-151, 1997.

     

    PITELLI, R. A.; PITELLI, R. L. C. M. Biologia e ecofisiologia das plantas daninhas. In: VARGAS, L.; ROMAN, E. S. (Ed.). Manual de manejo e controle de plantas daninhas. 2. Ed. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2008.

     

    RUEDELL, J. Cultura do milho. Indicações técnicas para o Rio Grande do Sul. Fundacep-Fecotrigo, 1991. 102p.

     

    SILVA, ANTÔNIO ALBERTO DA., ZAMBOLIM, LAÉRCIO., PICANÇO, MARCELO COUTINHO. O que Engenheiros Agrônomos devem saber para orientar o uso de produtos Fitossanitários /,. – 4. ed. rev. Ampl. – Viçosa, MG : Os Editores, 2014. 

     

    SINGH, M., SAXENA, M.C., ABU -IRMAILEH, B.E., AL-THAHABI, S.A., HADDAD, N.I. Estimativa do controle no período crítico de erva daninha. Weed Sci., V.44, p.273-283, 1996.

    AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS COM A UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO

     

    EVALUATION OF THE PERCENTAGE OF CONTROL OF WEEDS WITH THE USE OF DIFFERENT HERBICIDES IN MAIZE CROP

     

    Denilso José Mombelli

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/6785553926006855

    [email protected] 

    Diego Adriano Barth

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

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    Adroaldo Berti 

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    Lattes: http://lattes.cnpq.br/1369194254515162

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    Jarbas Kraemer

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    Passo Fundo – RS

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    Allison Berghahn

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/5033442139076601

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    Ilvandro Barreto de Melo

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/4316131994515044

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    Leonita Beatriz Girardi

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

    Lattes: http://lattes.cnpq.br/8898312307430408

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    Ritieli Baptista Manbrin

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

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    José de Alencar Lemos Vieira Junior

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

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    Rodrigo Luiz Ludwig

    Centro Universitário IDEAU (UNIDEAU), Curso de Agronomia

    Passo Fundo – RS

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    Data de Submissão: 07/07/2020 

     

    RESUMO: Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia do controle em plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays), cultivado em sistema plantio direto, na região do município de Nova Boa Vista, no estado do Rio Grande do Sul, através de manejo químico, em pós-emergência da cultura, com herbicidas registrados no Ministério da Agricultura. O experimento foi conduzido durante a safra 2017/2018, dispostos em delineamento de blocos ao acaso, com cinco tratamentos, quatro repetições e uma testemunha. Foram avaliados os seguintes defensivos agrícolas: Glifosato; Tembotriona; Atrazina + Glifosato; Tembotriona + Atrazina; Atrazina + Simazina, e testemunha sem uso de produtos químicos, com presença de plantas daninhas, em todos os tratamentos foi usado adjuvante mineral, as doses utilizadas nos herbicidas foram seguidas conforme indicação do fabricante. Os resultados finais mostram que não houve diferença entre os herbicidas testados e na testemunha teve acréscimo de mais plantas daninhas na segunda contagem. 

     

    Palavras-chave:  herbicidas, milho, plantio direto, pós-emergência.

     

    ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the efficacy of weed control in maize (Zea mays) cultivated under no - tillage system in the Nova Boa Vista municipality, in the state of Rio Grande do Sul, through chemical, in post-emergence of the crop, with herbicides registered in the Ministry of Agriculture. The experiment was conducted during the 2017/2018 harvest, arranged in a randomized block design, with five treatments, four replicates and one control. The following pesticides were evaluated: Glyphosate; Tembotrione; Atrazine + Glyphosate; Tembotrione + Atrazine; Atrazine + Simazine, and non-chemical control, with weed presence, in all treatments mineral adjuvant was used, the doses used in the herbicides were followed according to the manufacturer's instructions. The final results show that there was no difference between the herbicides tested and in the control there was an increase of more weeds in the second count.

     

    Keywords: herbicides, corn, no-till, post-emergence.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    Desde o início da agricultura sempre houve preocupação com as plantas daninhas, principalmente porque não são utilizadas como alimento ou em outra utilidade pelo ser humano. Por outro lado, essas plantas podem causar problemas quando presentes no momento e local indesejado. Geralmente, todas as espécies desse tipo de planta possuem uma boa adaptabilidade às diferentes condições de clima, solo e temperatura. Também podem ser muito favorecidas pela elevada produção de sementes, fácil disseminação, inclusive por longas distâncias, bom mecanismo de dormência e reprodução, velocidade no desenvolvimento inicial, produção de exsudatos nocivos às plantas concorrentes e elevado potencial competitivo. Com o aumento contínuo da área explorada no país, ocorre junto a expansão dessas plantas e cada vez mais interferirá nos sistemas agrícolas (PITELLI; PITELLI, 2008).

    Com a evolução das práticas culturais, alguns métodos para o controle de plantas daninhas foram surgindo. No começo da exploração de culturas, o controle era manual e realizado por “arranquio” e capina, necessitando uma significativa mão de obra humana. Com o passar dos anos, esse manejo passou a ser realizado com tratores e capinadeiras. Existem métodos de controle para plantas daninhas, cujo classificação é do tipo preventivo, cultural, físico, biológico e químico (SILVA, 2014). Todas as formas de manejo possuem vantagens e desvantagens, porém, em relação ao controle químico, estão surgindo resistências de diversas espécies aos produtos utilizados. Tais resistências podem estar ocorrendo pelo uso inadequado dos produtos, aplicações em condições de ambientes não favoráveis, como temperatura, velocidade do vento, umidade relativa do ar, pulverizadores em péssimas condições de uso (PITELLI; PITELLI, 2008).

    Em algumas culturas, como o milho, podemos ter sérios problemas com as plantas concorrentes quando não manejadas de forma correta. O prejuízo potencial de plantas daninhas em lavouras de milho pode chegar a 90% do rendimento de grãos (RUEDELL, 1991), principalmente na competição pela água, luz e espaço, que no final levará à produtividade não satisfatória ou aquela que foi planejada no início da implantação da cultura.

    Em relação à interferência causada pela competição de plantas daninhas associadas à cultura do milho, é de extrema importância à realização de um manejo de forma preventiva, aplicação que utilize produtos com efeitos sistêmicos e residuais de tal forma que irá controlar e prevenir a presença de plantas daninhas na fase inicial da cultura. O período crítico de competição pode variar para o milho desde os primeiros 28 (HALL et al., 1992), 34 a 40 (SINGH et al., 1996) e até 56 dias após a emergência (HAAN et al., 1994).

    Conforme a APROSOJA (2012), o cultivo do milho participa da história alimentar mundial há 7.300 anos. Os primeiros cultivos encontrados foram em ilhas próximas ao litoral do México e rapidamente espalharam-se pelo restante daquele país. Com a produção do grão no México, ocorre então a difusão da cultura em países da América Central e América do Sul e, após, com as grandes navegações, o milho se expandiu para outras partes do mundo. Quando chega à Europa, o milho se consolida como fonte alimentar das populações mais humildes e fonte para a ração animal, mas por tais motivos, também era discriminado pela elite europeia. No Brasil, a cultura era utilizada na dieta dos índios antes da chegada dos portugueses. 

    Atualmente, principalmente nos últimos anos, o controle químico das plantas daninhas na cultura do milho vem atingindo grande eficiência e uma boa relação custo-benefício. Porém, a eficácia de controle é variável e dependente das características físico-químicas do produto, condições edafoclimáticas, época de aplicação e espécies de plantas daninhas a serem controladas (Merotto Jr. et al. 1997). Por fim, a avaliação do tipo de herbicida que será utilizado para se efetuar o melhor controle possível, além de outros fatores básicos para um bom controle, como por exemplo, a dose de produto utilizada. 

    Abdelhafid et al. (2000) citam que solos de textura argilosa e elevados teores de matéria orgânica apresentam maior retenção de herbicidas, necessitando de maiores ajustes, principalmente quando o interesse está na atividade residual do herbicida. Fontes et al. (2010) relatam a importância do estudo da dose do herbicida, em relação à textura do solo, para o controle de plantas daninhas, em diferentes sistemas de cultivo.

    Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos seguintes herbicidas: Soberan (Tembotriona), Primóleo (Atrazina), Crucial (Glifosato), Primatop (Atrazina + Simazina), para o controle de plantas daninhas na cultura do milho (Zea mays) em pós-emergência para assim efetivar o manejo da cultura.

     

    2. MATERIAL E MÉTODOS

        O experimento foi conduzido no município de Nova Boa Vista, localizado no noroeste do Rio Grande do Sul (28°01’08’’ latitude sul, 52°57’59’’ longitude oeste e 482m de altitude, segundo dados IBGE (2011)), durante o período compreendido entre os meses de agosto a dezembro de 2017. A cultura antecedente da área na qual foi realizada o trabalho era milho safrinha; o tipo de solo é classificado como latossolo vermelho; o clima predominante da região é do tipo temperado, com média de temperatura no mês de agosto de 16ºC, em setembro 20ºC, e precipitação referente aos meses foi de 98,6mm.

    Para o manejo do campo, realizou-se uma pré-dessecação de 30 dias antecedentes a data de semeadura e o herbicida utilizado foi Crucial (Glifosato) na dose de 2 l/ha e no dia de plantio foi aplicado mais 2 l/ha do herbicida Paradox (Paraquat) e mais 0,4 l/ha de adjuvante Aureo.

    A semeadura foi realizada no dia 09 de setembro de 2017, com um trator New Holland modelo Tl 65 e uma plantadeira uma Gihal com seis linhas, com espaçamento entre linhas de 0,5 metros, sendo utilizado o híbrido de milho 32R22 YHR. A semente encontrava- se com tratamento industrial e a adubação de base foi de 380 kg/ha com fórmula NPK 11-30-20. As parcelas eram constituídas por cinco linhas com 2,5 metros e como forma de barreira física usou-se quatro linhas (2 metros) entre parcelas e um corredor com 2,5 metros entre os blocos, ambos com propósito de evitar sobreposição de produto nos tratamentos.

    Para a realização das aplicações, utilizou-se uma máquina costal elétrica com capacidade de 16 litros de calda, com quatro pontas de bico leque, numa vazão de 110 litros de calda por hectare. Os produtos foram preparados e misturados no dia 04 de outubro de 2017, antes das aplicações, que iniciaram a partir das 08 horas da manhã. A temperatura estava em 16ºC, o solo encontrava-se com alta umidade e a UR estava aproximadamente em 70%, com vento de 6 km/h. As plantas daninhas encontravam-se emergidas e o milho estava no estágio V4. Para as dosagens dos produtos serem exatas, utilizaram-se seringas de 20 ml, e para a proteção individual do aplicador usou-se EPI’s (luvas, óculos, máscara, tyvek). 

    As plantas daninhas foram contabilizadas antes de realizar a aplicação em cada parcela com uma estrutura metálica que possibilitava a contagem exata de um m², tornando-se padrão para todas as parcelas do ensaio. As plantas existentes eram das espécies corda de viola (Ipomoea spp.), capim milha (Digitaria nuda), leiteiro (Euphorbia prunifolia), picão preto (Bidens pilosa) e buva (Conyza spp.), todas estavam em estádio inicial de desenvolvimento.

    O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados com cinco tratamentos e uma testemunha, todos compostos por quatro repetições. Os produtos usados correspondem ao Crucial (Glifosato) inibidor da enzima EPSPS, na dose de 2 l/ha; Primóleo (Atrazina) inibidor de fotossistema II, na dose de 5 l/ha; Soberan (Tembotriona) inibidor da síntese de carotenóides, na dose de 0,24 l/ha; Primatop (Atrazina mais Simazina) inibidor do fotossistema II, na dose de 6 l/ha e Aureo (adjuvante para herbicidas) na dose de 0,5 l/ha. Na testemunha não foi utilizado nenhum produto para controle de plantas daninhas. As doses foram seguidas conforme indicação da bula do fabricante. Os tratamentos foram distribuídos da seguinte forma: T1: Testemunha, T2: Glifosato, T3: Tembotriona, T4: Atrazina + Glifosato, T5: Tembotriona + Atrazina, T6: Atrazina + Simazina, e em todos os tratamentos utilizou-se adjuvante com os produtos.

     Os dados foram submetidos à análise de variância e comparação de média pelo programa SISVAR.

     

    3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Ao verificar os dados obtidos na plataforma do SISVAR, o software identificou que houve divergência entre os tratamentos com a testemunha, mas não entre os tratamentos, conforme tabelas e resultados a seguir.

    Tabela 1 - Resultados obtidos pelo software SISVAR, antes da aplicação.

    FV

    GL

    SQ

    QM

    Fc

     Pr>Fc

    Tratamento

    5

    9817.708333

    1963.541667

    1.664

    0.20

    Repetição

    3

    11554.125000

    3851.375000

    3.263

    0.05

    Erro

    15

    17705.125000

    1180.341667

       

    Total corrigido

    23

    39076.958333

         

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

    CV (%) = 47.04                   

    Média Geral =     73.04               

    Nº OBS = 24           

    Média harmônica do número de repetições (r): 4           

    Erro padrão: 17.17

    Tabela 2 - Resultado do teste

    Tratamentos

    Médias

    Resultados do teste

    6

    40

    a1

    3

    64

    a1

    1

    71

    a1

    5

    75

    a1

    2

    81

    a1

    4

    108

    a1

    FONTE – Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

       

    Percebe-se que não houve divergência entre nenhum tratamento por não ter sido realizada nenhuma aplicação de herbicida e todas as parcelas apresentavam uma média expressiva de plantas daninhas, inclusive a testemunha, ficando claro que não houve vantagem ou desvantagem de nenhum tratamento em relação ao outro.

    Tabela 3 - Resultados obtidos pelo software SISVAR 11 dias após as aplicações.

    FV

    GL

    SQ

    QM

    Fc

    Pr>Fc

    Tratamento

    5

    54065.375000

    10813.075000

    321.313

    0.00

    Repetição

    3

    125.458333

    41.819444

    1.243

    0.32

    Erro

    15

    504.791667

    33.652778

       

    Total corrigido

    23

    54695.625000

         

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base nos dados do SISVAR.

     

    CV (%) = 26.83                       

    Média Geral = 21.62                       

    Nº OBS = 24                           

    Média harmônica do número de repetições (r): 4   

    Erro padrão: 2.9

    Tabela 4 - Resultado do teste

    Tratamentos

    Médias

    Resultados do teste

    4

    0

    a1

    5

    0

    a1

    3

    0

    a1

    6

    1

    a1

    2

    1

    a1

    1

    128

    a2

    FONTE: Elaborado pelos autores do trabalho com base de dados do programa SISVAR.

    Após o estudo dos dados, nota-se que o coeficiente de variação está dentro do aceitável para trabalhos científicos. Percebe-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos, isto é, todos conseguiram nível satisfatório no controle das plantas daninhas existentes nas parcelas em relação à testemunha.

    Os resultados foram obtidos após 11 dias das aplicações, através de uma nova contagem por m² em cada parcela do experimento e demonstraram que os produtos obtiveram um excelente controle, aplicações de Glifosato (Crucial, tratamento 2) obteve um controle de 99%; aplicação de Tembotriona (Soberan, tratamento 3) obteve-se um controle de 100%; na aplicação de Atrazina com Glifosato (Primóleo + Crucial, tratamento 4) o controle de plantas daninhas ficou em 100%; na aplicação de Tembotriona com Glifosato (Soberan + Crucial, tratamento 5), o controle foi de 100% e na aplicação de Atrazina com Simazina (Primatop, tratamento 6), o controle ficou em 99% ambos os tratamentos foram acrescentados adjuvante Aureo, sendo assim representado no gráfico abaixo:

    https://lh5.googleusercontent.com/dYKAbwAMsX8r7xx1kOjOXgIU954Q-lxbDgAVTt5zNflAsBtNugAQjwQJcfxmZFclkmF7LqXy3K0bx24v2zyNbgbMCGZyT7fujj9uAngIj4n2LzzeQT-E1mt5KMGkqS6z_nY7HtrWVSFmBYTW

    Figura 1: Representação gráfica sobre a eficiência dos herbicidas. Fonte: elaborado pelos autores do trabalho.

     

    Nas parcelas manejadas com os herbicidas não houve diferença significativa entre os tratamentos, porém no tratamento 2 e 6 restaram plantas de buva (Conyza sp.). O IAF (Índice de Área Foliar) das plantas é um fator importante a ser considerado nas aplicações de herbicidas, com mais folhas, maior a chance de obter um bom resultado nas aplicações, porém plantas em fase adulta são mais difíceis de controlar se comparado às plantas em fase inicial de desenvolvimento. A tecnologia de aplicação a ser utilizada deve estar de acordo com as condições operacionais para obter um bom sucesso na aplicação. A redução no volume de calda na aplicação dos herbicidas é possível, porém, aumenta os riscos de não obter um sucesso desejado no controle, em função da menor quantidade de ativo de produto em contato com a área foliares das plantas, pois a água é o veículo de transporte dos químicos e a baixa vazão resulta em menor quantidade de gotas produzidas. As condições ambientais devem ser as mais adequadas possíveis para a realização das aplicações, a fim de evitar perdas por deriva ou evaporação de gotas, em função de vento, altas temperaturas e baixa umidade. A utilização de pontas adequadas ao volume e o espectro de gotas desejado juntamente com o uso de adjuvantes auxiliam na melhor deposição de gotas e na redução do potencial de deriva (BOLLER et al,.2007).

    Figura 2: contagem das plantas – Foto: Jarbas Kraemer, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 3: Local onde foi realizado o experimento – Foto: Denilso Mombelli, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 4: Produtos utilizados, – Foto: Denilso Mombelli, 2017. Nova Boa Vista, RS.

    Figura 5: Uso de EPI’s – Foto: Jarbas Kraemer, 2017. Nova Boa Vista, RS.

     

    4. CONCLUSÃO

    Desta forma podemos verificar que a cultura do milho (Zea Mays) é uma das principais monocotiledôneas cultivadas, analisando num contexto geral tanto de maneira econômica ou social, por ser um dos produtos de maior importância em relação à sustentabilidade alimentar, utilizado tanto como alimento humano ou para ração animal.

    É de grande importância realizar uma aplicação de herbicidas seguindo a indicação de dosagem que consta na bula do fabricante, juntamente com o acompanhamento de um engenheiro agrônomo e assim conseguir eficiência no controle das plantas daninhas invasoras. Também é necessário cuidar as questões climáticas, como temperatura, velocidade do vento, umidade relativa do ar e umidade do solo para atingir o alvo desejado e ainda utilizar a dose de calda recomendada para cada manejo, obtendo dessa forma a aplicação correta e prolongar a vida útil dos produtos existentes.

    O experimento não diferiu entre si, exceto os tratamentos da testemunha, verificando assim, a importância de se fazer o controle das plantas daninhas, pois além do controle, diminuímos possíveis perdas ocasionadas por plantas invasoras.  Essas plantas além de causar competição por água, luz e nutrientes, afetam diretamente no rendimento final da cultura impactando economicamente o produtor.

     




    REFERÊNCIAS

     

    ABDELHAFID, R .; HOUOT, S .; BARRIUSO, E. Dependência da degradação da atrasina em C e N Disponibilidade em solos adaptados e não adaptados. Biologia do solo E Bioquímica, Nova Iorque, v. 32, n. 3, p. 389-401,2000.

     

    BOLLER et al., 2007; O volume de calda na aplicação de fungicidas pode influenciar no controle da ferrugem asiática. Boletim técnico CCGL, ano VII- n 49.

     

    FONTES, J. R. A.; GONÇALVES, J. R. P.; MORAIS, R. R. Tolerância do feijão-caupi ao herbicida oxadiazon. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 40, n. 1, p. 122-129, 2010.

     

    HAAN, R.L., WYSE, D.L., EHLKE, N.J. ,MAXWELL, B.D. PUTNAM,D. H.Simulação de plantas sufocantes com sementeira. Para controle de ervas daninhas em milho (Zea mays). Erva daninha Sci., V.42, p.35-43, 1994.

     

    HALL, M.R., SW ANTON, C.J., ANDERSON, G.W. O período crítico de controle de ervas daninhas em milho (Zea mays). Nós temos o Sc i. V. 40, P.441-447, 1992.

     

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Relatório de Estação Geodésica. Disponível em: Acesso em: 26 ago 2017.

     

    MEROTTO JÚNIOR, A. et al. Aumento da população de plantas e uso de herbicidas no controle de plantas daninhas em milho. Planta Daninha, Viçosa, v. 15, n. 2, p. 141-151, 1997.

     

    PITELLI, R. A.; PITELLI, R. L. C. M. Biologia e ecofisiologia das plantas daninhas. In: VARGAS, L.; ROMAN, E. S. (Ed.). Manual de manejo e controle de plantas daninhas. 2. Ed. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2008.

     

    RUEDELL, J. Cultura do milho. Indicações técnicas para o Rio Grande do Sul. Fundacep-Fecotrigo, 1991. 102p.

     

    SILVA, ANTÔNIO ALBERTO DA., ZAMBOLIM, LAÉRCIO., PICANÇO, MARCELO COUTINHO. O que Engenheiros Agrônomos devem saber para orientar o uso de produtos Fitossanitários /,. – 4. ed. rev. Ampl. – Viçosa, MG : Os Editores, 2014. 

     

    SINGH, M., SAXENA, M.C., ABU -IRMAILEH, B.E., AL-THAHABI, S.A., HADDAD, N.I. Estimativa do controle no período crítico de erva daninha. Weed Sci., V.44, p.273-283, 1996.

     

  • Número de páginas: 12

  • Diego Adriano Barth
  • Adroaldo Berti
  • Jarbas Kraemer
  • Allison Berghahn
  • Ilvandro Barreto de Mello
  • Leonita Beatriz Girardi
  • Ritieli Baptista Mambrin
  • José de Alencar Lemos Vieira Junior
  • Rodrigo Luiz Ludwig
  • Denilso José mombelli
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