As espécies do gênero Cândida representam a maior incidência etiológica de infecções fúngicas adquiridas, além de estarem apresentando resistências a terapêutica que envolve o uso de agentes antifúngicos como o Fluconazol e a Anfotericina B, fator que evidencia um grande desafio para estratégias terapêuticas. O objetivo da seguinte pesquisa compreende a análise do efeito sinérgico entre os antifúngicos mencionados e o extrato proveniente da folha da Campomanesia xanthocarpa. O extrato é popularmente conhecido por reduzir o colesterol sanguíneo o qual se assemelha ao ergosterol presente na membrana fúngica, justificando-se a possibilidade de sinergismo desses elementos. A pesquisa envolve as espécies de Candida: C. krusei, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. glabrata, sendo culturas positivas de rejeitos do laboratório de Análise Clínica de um Hospital terciário de Londrina. O extrato obtido a partir do método desenvolvido no Laboratório do prof. Dr. Carlos Alberto Mayora Aita, o qual direciona a utilização de extrato aquoso. Os testes de suscetibilidade antifúngica foram determinados por método de microdiluição em caldo, de acordo com as normas do NCCLS M38-A. A partir das concentrações inibitórias mínimas (CIM) dos compostos, determinado pela metodologia na placa de microdiluição incubada por 24 horas e 48 horas a 37°C com duplicata de cada espécie, diferentes concentrações dos medicamentos foram combinados com o extrato da folha de Campomanesia xanthocarpa, avaliando-se assim, a interação dos compostos. Concluímos, a partir de leitura visual das placas que a menor concentração do extrato de Campomanesia xanthocarpa é capaz e inibir o crescimento fúngico. Sendo assim, foi comprovado que o efeito sinérgico entre antifúngicos e o extrato da planta utilizada na pesquisa pode ser de grande valor para a superação dos desafios de estratégias terapêuticas que visam a cura perante a infecções dos fungos: C. krusei, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. glabrata.