AVALIAÇÃO DE REVESTIMENTOS COMERCIAIS CERÂMICOS ATIVOS NA DEGRADAÇÃO DE BENZENO PARA CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA INTERNA DE EDIFÍCIOS
Compostos Orgânicos Voláteis
(COVs) constituem importante classe de
poluentes atmosféricos e benzeno é um dos
principais contaminantes da poluição atmosférica
interior. Entre os métodos para tratamento de
ambientes com alta concentração de COVs
está a oxidação fotocatalítica por superfícies
revestidas de cerâmica TiO2 (anatase). A eficácia
dos estudos de fotodegradação de COVs
utilizando cerâmicas ativas feitas em laboratório
é bem relatada na literatura. Entretanto, isto
não foi relatado usando cerâmicas comerciais,
embora as cerâmicas ativas sejam vendidas
para tal função. O desenvolvimento deste
trabalho surgiu a partir de duas questões:
a) se as telhas cerâmicas ativas comerciais
são eficientes na degradação de COVs como
afirmam os fabricantes; b) se eles são capazes
de degradar COVs em ambientes de construção
indoor. Os experimentos foram conduzidos em
escala laboratorial, utilizando-se uma câmara
de simulação adaptada. O benzeno volatilizado
entrou em contato com a cerâmica comercial
sobre luz fluorescente e luz ultravioleta de
365nm. As amostras do ar interno da câmara
foram coletadas pela adsorção em fibras do
polidimetilsiloxano, técnica headspace. A
avaliação da degradação do benzeno ocorreu
por Cromatografia Gasosa com Espectrometria
de Massas. A caracterização de amostras
cerâmicas ativas comerciais ocorreu por
meio de técnicas de Difração de Raios X por
pó e Microscopia Eletrônica de Varredura
com Espectrometria de Energia Dispersiva.
Os resultados mostraram que, as condições
experimentais, a cerâmica ativa comercial não
foi capaz da oxidação fotocatalítica do benzeno.
A caracterização detectou quantidade muito
baixa de TiO2 em amostras, sendo este fato atribuído como principal responsável pela
inatividade fotocatalítica.
AVALIAÇÃO DE REVESTIMENTOS COMERCIAIS CERÂMICOS ATIVOS NA DEGRADAÇÃO DE BENZENO PARA CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA INTERNA DE EDIFÍCIOS
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DOI: 10.22533/at.ed.5501911112
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Palavras-chave: controle de poluição do ar, cerâmica ativa, fotocatálise, edifícios sustentáveis
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Keywords: air pollution control, active ceramic, photocatalysis, sustainable buildings.
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Abstract:
Volatile Organic Compounds (VOCs) constitutes an important class of air
pollutants, and benzene is one of the main contaminants of indoor air pollution. Among
the methods for the treatment of environments with a high VOCs concentration is the
photocatalytic oxidation by TiO2 (anatase) ceramic coated surfaces. The effectiveness
of VOCs photodegradation studies using active ceramic tiles made in laboratory is well
reported in the literature. However, this has not been reported using commercial tiles,
although active ceramics are sold for such a function. The development of this work
arose from two questions: a) if the commercial active ceramic tiles are efficient in the
VOCs degradation as the manufacturers claim; b) if they are able to degrade VOCs in
indoor building environments. Experiments were conducted in laboratory’s scale, using
an adapted simulation chamber. The volatilized benzene entered in contact with the
commercial ceramic tile under fluorescent light and ultraviolet light of 365nm. Samples
of the chamber internal air were collected by adsorption on polydimethylsiloxane fibres
in headspace technique. The evaluation of the benzene degradation occurred by Gas
Chromatography analysis with Mass Spectrometry. The characterization of commercial
active ceramic samples occurred by techniques of X-Ray Diffraction Powder, and
Scanning Electron Microscopy with Energy Dispersive Spectrometry. Results showed
that, under the experimental conditions, the commercial active ceramic tile wasn’t
capable of the benzene photocatalytic oxidation. The characterization detected very
low quantity of TiO2 on samples, being this fact attributed as the main responsible for
photocatalytic inactiveness.
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Número de páginas: 15
- Guilherme Miola Titato
- Fernando Mauro Lanças
- Eduvaldo Paulo Sichieri
- Marcelo Telascrêa
- Marcia Rodrigues de Morais Chaves
- Ricardo Crepaldi