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AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE EQUINOS DA RAÇA CRIOULA

Os parâmetros hematológicos são considerados uma ferramenta auxiliar no diagnóstico clínico, sendo usados para monitoramento da evolução clínica, desempenho e avaliação das disfunções fisiológicas dos animais. Os fatores como sexo, idade e meio ambiente em que vivem, podem influenciar em seus resultados. Poucos são os estudos desenvolvidos na avaliação hematológica de equinos da raça Crioula, assim, o objetivo deste estudo foi analisar os dados hematológicos de equinos da raça Crioula obtidos na rotina do Laboratório Hípica, localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram analisadas 314 requisições e obtidas 136 (n=136) fichas de animais considerados clinicamente sadios, e divididos de acordo com o sexo dos animais: grupo fêmeas (GF: n=57); grupo machos (GM: n=79); e o grupo pela faixa etária dos animais: constituído por equinos jovens a partir de um ano até dois anos de idade (G1: n=16); e grupo adultos, composto por animais acima de 3 anos (G2: n=120). Foram avaliados os seguintes parâmetros: eritrócitos, hematócrito (Hct), hemoglobina (Hb), volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), coeficiente de variação da curva de distribuição das hemácias (RDW), leucócitos totais, neutrófilos segmentados, neutrófilos bastonetes, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos, proteína plasmática total (PPT), fibrinogênio (Fb) e plaquetas. Foi realizada análise descritiva, os dados foram submetidos a teste de normalidade e as médias foram comparadas através de teste T, com auxílio do software Statistix 10.0. Os dados estão apresentados como média + erro padrão da média.  A diferença foi considerada significativa quando p< 0,05. Os valores obtidos para os dados de eritrócitos (x10⁶/µL), Hct (%), hemoglobina (g/dL), VCM (fL), CHCM (g/dL), RDW (%), leucócitos totais (/µl), neutrófilos segmentados (/µl), neutrófilos bastonetes (/µl), linfócitos (/µl), monócitos (/µl), eosinófilos (/µl), basófilos (/µl), proteína plasmática total (g/dL), fibrinogênio (g/dL) e plaquetas (x10³/µL) foram respectivamente: GF (Eritrócitos=7,31+0,13; Hct=32,66+0,56; Hemoglobina=11,45+0,18; VCM=44,91+0.62; CHCM=35,14+0.28; RDW=20,37+0,09; Leucócitos totais=9468,2+257,2; Neutrófilos segmentados=4662,1+244,01; Neutrófilos bastonetes=120,98+111,56; Linfócitos=4196,4+222,75; Monócitos=383,82+75,98; Eosinófilos=203,91+24,17; Basófilos=5,01+3,54; PPT=7,089+0,102; Fb=0,33+0,022; Plaquetas=143,75+7,34) e para o GM (Eritrócitos=7,55+0,13; Hct=32,8+0,31; Hemoglobina=11,87+0,12; VCM=44,16+0,63; CHCM=36,11+0,20; RDW=19,92+0,08; Leucócitos toais=9103,0+219,66; Neutrófilos segmentados=4940,9+205,63; Neutrófilos bastonetes=9,27+5,03; Linfócitos=3504,9+158,61; Monócitos=371,32+30,41; Eosinófilos=255,67+28,40; Basófilos=1,67+1,32; PPT=7,07+0,07; Fb=0,33+0,01; Plaquetas=139,43+4,71). Considerando a idade dos animais: G1 (Eritrócitos=8,22+0,32; Hct=32,0+0,68; Hemoglobina=11,32+0,26; VCM=39,48+1,15; CHCM=35,35+0,51; RDW=20,90+0,19; Leucócitos totais=10045+465,62; Neutrófilos segmentados=4240,9+437,07; Neutrófilos bastonetes=7,81+7,812; Linfócitos=5289,2+450,31; Monócitos=330,25+53,65; Eosinófilos=177,06+42,71; Basófilos=0,00+0,00; PPT=7,05+0,13; Fb=0,33+0,03; Plaquetas=153,81+9,65) e G2 (Eritrócitos=7,34+0,09; Hct=32,84+0,32; Hemoglobina=11,74+0,11; VCM=45,14+0,45; CHCM=35,75+0,18; RDW=20,00+0,06; Leucócitos totais=9150,9+177,54; Neutrófilos segmentados=4901,9+167,61; Neutrófilos bastonetes=120,0+53,08; Linfócitos=3595,4+129,66; Monócitos=382,73+40,48; Eosinófilos=241,57+21,21; Basófilos=3,48+1,89; PPT=7,08+0,06; Fb=0,33+0,01; Plaquetas=139,57+4,46). Os machos demonstraram valores superiores para hemoglobina (p=0,04) e CHCM (p=0,005), enquanto as fêmeas obtiveram RDW (p=0,0005) e linfócitos (p=0,010) mais elevados. Em relação a faixa etária os potros expressaram valores superiores para eritrócitos (p=0,0026), RDW (p=0,0000) e linfócitos (p=0,0000). Os animais adultos manifestaram o VCM (p=0,0000) superiores aos jovens. Observou-se que ocorrem variações relacionadas a categoria animal, sejam referentes à idade ou sexo. Desta maneira, tais características devem ser levadas em consideração quando analisar um exame hematológico nesta raça. Através dos dados obtidos identificou-se valores de referência para os índices hematológicos de equinos da Raça Crioula.

                                                                                                    

Palavras-chave: Índices Hematológicos, Leucograma, Valores de referências, Cavalos Crioulos.

Agradecimentos: Laboratório Hípica; ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos).

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AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE EQUINOS DA RAÇA CRIOULA

  • DOI: 10.22533/at.ed.6542011088

  • Palavras-chave: Índices Hematológicos, Leucograma, Valores de referências, Cavalos Crioulos

  • Keywords: Índices Hematológicos, Leucograma, Valores de referências, Cavalos Crioulos

  • Abstract:

    Os parâmetros hematológicos são considerados uma ferramenta auxiliar no diagnóstico clínico, sendo usados para monitoramento da evolução clínica, desempenho e avaliação das disfunções fisiológicas dos animais. Os fatores como sexo, idade e meio ambiente em que vivem, podem influenciar em seus resultados. Poucos são os estudos desenvolvidos na avaliação hematológica de equinos da raça Crioula, assim, o objetivo deste estudo foi analisar os dados hematológicos de equinos da raça Crioula obtidos na rotina do Laboratório Hípica, localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram analisadas 314 requisições e obtidas 136 (n=136) fichas de animais considerados clinicamente sadios, e divididos de acordo com o sexo dos animais: grupo fêmeas (GF: n=57); grupo machos (GM: n=79); e o grupo pela faixa etária dos animais: constituído por equinos jovens a partir de um ano até dois anos de idade (G1: n=16); e grupo adultos, composto por animais acima de 3 anos (G2: n=120). Foram avaliados os seguintes parâmetros: eritrócitos, hematócrito (Hct), hemoglobina (Hb), volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), coeficiente de variação da curva de distribuição das hemácias (RDW), leucócitos totais, neutrófilos segmentados, neutrófilos bastonetes, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos, proteína plasmática total (PPT), fibrinogênio (Fb) e plaquetas. Foi realizada análise descritiva, os dados foram submetidos a teste de normalidade e as médias foram comparadas através de teste T, com auxílio do software Statistix 10.0. Os dados estão apresentados como média + erro padrão da média.  A diferença foi considerada significativa quando p< 0,05. Os valores obtidos para os dados de eritrócitos (x10⁶/µL), Hct (%), hemoglobina (g/dL), VCM (fL), CHCM (g/dL), RDW (%), leucócitos totais (/µl), neutrófilos segmentados (/µl), neutrófilos bastonetes (/µl), linfócitos (/µl), monócitos (/µl), eosinófilos (/µl), basófilos (/µl), proteína plasmática total (g/dL), fibrinogênio (g/dL) e plaquetas (x10³/µL) foram respectivamente: GF (Eritrócitos=7,31+0,13; Hct=32,66+0,56; Hemoglobina=11,45+0,18; VCM=44,91+0.62; CHCM=35,14+0.28; RDW=20,37+0,09; Leucócitos totais=9468,2+257,2; Neutrófilos segmentados=4662,1+244,01; Neutrófilos bastonetes=120,98+111,56; Linfócitos=4196,4+222,75; Monócitos=383,82+75,98; Eosinófilos=203,91+24,17; Basófilos=5,01+3,54; PPT=7,089+0,102; Fb=0,33+0,022; Plaquetas=143,75+7,34) e para o GM (Eritrócitos=7,55+0,13; Hct=32,8+0,31; Hemoglobina=11,87+0,12; VCM=44,16+0,63; CHCM=36,11+0,20; RDW=19,92+0,08; Leucócitos toais=9103,0+219,66; Neutrófilos segmentados=4940,9+205,63; Neutrófilos bastonetes=9,27+5,03; Linfócitos=3504,9+158,61; Monócitos=371,32+30,41; Eosinófilos=255,67+28,40; Basófilos=1,67+1,32; PPT=7,07+0,07; Fb=0,33+0,01; Plaquetas=139,43+4,71). Considerando a idade dos animais: G1 (Eritrócitos=8,22+0,32; Hct=32,0+0,68; Hemoglobina=11,32+0,26; VCM=39,48+1,15; CHCM=35,35+0,51; RDW=20,90+0,19; Leucócitos totais=10045+465,62; Neutrófilos segmentados=4240,9+437,07; Neutrófilos bastonetes=7,81+7,812; Linfócitos=5289,2+450,31; Monócitos=330,25+53,65; Eosinófilos=177,06+42,71; Basófilos=0,00+0,00; PPT=7,05+0,13; Fb=0,33+0,03; Plaquetas=153,81+9,65) e G2 (Eritrócitos=7,34+0,09; Hct=32,84+0,32; Hemoglobina=11,74+0,11; VCM=45,14+0,45; CHCM=35,75+0,18; RDW=20,00+0,06; Leucócitos totais=9150,9+177,54; Neutrófilos segmentados=4901,9+167,61; Neutrófilos bastonetes=120,0+53,08; Linfócitos=3595,4+129,66; Monócitos=382,73+40,48; Eosinófilos=241,57+21,21; Basófilos=3,48+1,89; PPT=7,08+0,06; Fb=0,33+0,01; Plaquetas=139,57+4,46). Os machos demonstraram valores superiores para hemoglobina (p=0,04) e CHCM (p=0,005), enquanto as fêmeas obtiveram RDW (p=0,0005) e linfócitos (p=0,010) mais elevados. Em relação a faixa etária os potros expressaram valores superiores para eritrócitos (p=0,0026), RDW (p=0,0000) e linfócitos (p=0,0000). Os animais adultos manifestaram o VCM (p=0,0000) superiores aos jovens. Observou-se que ocorrem variações relacionadas a categoria animal, sejam referentes à idade ou sexo. Desta maneira, tais características devem ser levadas em consideração quando analisar um exame hematológico nesta raça. Através dos dados obtidos identificou-se valores de referência para os índices hematológicos de equinos da Raça Crioula.

                                                                                                        

    Palavras-chave: Índices Hematológicos, Leucograma, Valores de referências, Cavalos Crioulos.

    Agradecimentos: Laboratório Hípica; ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos).

  • Número de páginas: 2

  • SABRINA LOPES MOTA
  • VALESCA PETER DOS SANTOS
  • JENNIFER STEIN DE LIMA
  • LUIZ FELIPE FORGIARINI
  • ILUSCA SAMPAIO FINGER
  • Giovanna Hüttner Santos
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