Esse trabalho narra práticas de formação desenvolvidas pelas autoras, no Centro de Formação dos Educadores Municipais de Sumaré/CEFEMS, estado de São Paulo, especialmente, no que tange à implementação da avaliação da educação infantil na rede de ensino, ancorada nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil e nos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil, ambos do Ministério da Educação (MEC). O percurso relatado abarca o ano de 2022 e as ações vinculadas a essa proposição estão em desdobramento até o presente momento. Entende-se nessa perspectiva que a qualidade da educação não se mede pelos resultados obtidos pelos alunos nos testes de aprendizagem, mas especialmente, pelo processo educativo vivido na escola, que envolve aspectos mais amplos de formação para a cidadania, desenvolvimento integral da criança, gestão e participação democrática, entre outros. Assim sendo, a qualidade é um conceito relativo, baseado em valores e, portanto, definir qualidade é um processo dinâmico, contínuo, requer revisões e nunca chega a um enunciado definitivo, conforme afirma Moss et.al (1999). Essa perspectiva, por sua vez, carece de processos mais participativos de definição e aferição da qualidade da educação a partir de um instrumento flexível – que aqui denominou-se ‘indicadores de qualidade’ - para ajudar a comunidade escolar a avaliar e a melhorar a qualidade da escola. São essas entre outras questões que se levanta para pensar com profundidade o conceito de “qualidade da educação infantil”. Os dados coletados nas avaliações desenvolvidas, jogaram luz sobre os aspectos vividos na rede de ensino, clarificando pontos forte e aqueles que ainda precisam melhorias. Adianta-se que o exercício da participação democrática nesse processo da avaliação da educação infantil foi deveras relevante, deixando fortes lições e marcas que certamente renderão novos frutos, à medida em que se caminha nessa jornada em rede, pela busca da melhoria da qualidade da educação infantil.