AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E DA SAÚDE SUPLEMENTAR
O envelhecimento da população brasileira propicia o aumento na incidência de doenças crônico-degenerativas, as quais frequentemente necessitam de tratamento medicamentoso. Esses medicamentos podem ser adquiridos sem prescrição médica (automedicação), independente da natureza do prestador de serviço de saúde à qual o indivíduo pertence. OBJETIVO: Comparar medicamentos utilizadas enquanto automedicação entre idosos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com os da Saúde Suplementar (SS). MÉTODOS: Estudo quantitativo, analítico, transversal, desenvolvido a partir de dois bancos de dados com idosos que declararam praticar automedicação num período recordatório de 15 dias: 180 usuários do SUS e 125 usuários da SS. Os dados foram analisados utilizando-se o teste do Qui-quadrado ou exato de Fisher. RESULTADOS: De acordo com a classificação pela Anatomical Therapeutic Chemistry, houve predomínio do uso de medicamentos pertencentes ao Sistema Músculo Esquelético nos dois prestadores de serviço. A análise estatística não mostrou associação significativa entre as diversas classes de medicamentos utilizadas na prática de automedicação entre os prestadores de serviço. De acordo com o critério de Beers para Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPI) para uso em idosos, observou-se diferença significativa entre a natureza do prestador do serviço e os medicamentos que atuam como Anticolinérgicos e no Sistema Nervoso Central. CONCLUSÃO: Várias classes de medicamentos foram identificadas enquanto prática de automedicação, incluindo MPIs. Neste sentido, divulgar a listagem de MPIs nos serviços de saúde, bem como sua incorporação nos protocolos para a população geriátrica, são necessários para a boa prática médica numa sociedade cuja expectativa de vida só tende a crescer.
AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E DA SAÚDE SUPLEMENTAR
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DOI: 10.22533/at.ed.0572028085
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Palavras-chave: Idosos; SUS; Saúde Suplementar; Automedicação
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Keywords: Elderly; SUS; Supplementary Health; Self-medication
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Abstract:
The aging of the Brazilian population increases the incidence of chronic-degenerative diseases, which often require drug treatment. These drugs can be purchased without a prescription (self-medication), regardless of the nature of the health service provider to which the individual belongs. OBJECTIVE: To compare drugs used as self-medication among elderly users of the Unified Health System (SUS) with those of Supplementary Health (SS). METHODS: Quantitative, analytical, cross-sectional study, developed from two databases with elderly people who declared to practice self-medication in a 15-day recall period: 180 SUS users and 125 SS users. The data were analyzed using the Chi-square test or Fisher's exact test. RESULTS: According to the classification by Anatomical Therapeutic Chemistry, there was a predominance of the use of drugs belonging to the Skeletal Muscle System in the two service providers. The statistical analysis did not show a significant association between the different classes of drugs used in the practice of self-medication among service providers. According to the Beers criteria for Potentially Inappropriate Medicines (PIM) use in older adults, a significant difference was observed between the nature of the service provider and the drugs that act as anticholinergics and in the Central Nervous System. CONCLUSION: Several classes of drugs have been identified as self-medication practices, including PIMs. In this sense, disclosing the list of PIMs in health services, as well as their incorporation in the protocols for the geriatric population, are necessary for good medical practice in a society whose life expectancy only tends to increase.
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Número de páginas: 15
- Suelaine Druzian Silvestre
- Flávia Cristina Goulart
- Maria José Sanches Marin
- Carlos Alberto Lazarini
- Juliana Sayuri Maia Hirose