AUTOCUIDADO, ESTILO DE VIDA, QUALIDADE DE VIDA E RELIGIOSIDADE DE UNIVERSITÁRIOS
O período universitário representa um grande desafio de saúde pública, por se tratar de uma fase crítica para a promoção e manutenção da saúde. É comum ocorrer aumento do nível de estresse e mudanças em muitos aspectos do estilo de vida, pois além de ser, para muitos, a primeira vez que vivem longe da família e do convívio social inicial, a maioria dos universitários experimenta aumento das responsabilidades e afazeres, como horas de estudo, atividades complementares, monitorias e iniciação científica. Exercer o autocuidado é um desafio especialmente na fase universitária. Baixa adesão ao calendário vacinal, automedicação e redução das horas de sono são hábitos pouco saudáveis de autocuidado frequentemente observados em universitários. Além disso, a prática regular de atividade física costuma ocorrer em menos da metade dos jovens que frequentam a universidade. Há evidências de que esses estudantes são mais suscetíveis ao ganho de peso em seu primeiro ano na universidade devido ao estresse, mas a prevalência de excesso de peso entre eles é mais baixa do que a da população em geral. Hábitos de higiene precários e de alimentação não saudável também são observados em uma parcela desses estudantes. Apesar disso, o estilo de vida dos universitários geralmente é classificado como “muito bom” a “excelente” pelos estudos disponíveis. Em relação à religiosidade e espiritualidade, estudos indicam escores de baixo a moderado, ao contrário da qualidade de vida, que costuma ser classificada como “satisfatória” pelos universitários. Conclui-se que as mudanças ocorridas nessa fase da vida podem contribuir para hábitos pouco saudáveis, entretanto, o período universitário, que costuma coincidir com o início da idade adulta, é um momento propício para a construção de um estilo de vida saudável, e isto deve ser explorado pelas instituições de ensino preocupadas com a promoção da saúde de seus estudantes e futuros profissionais.
AUTOCUIDADO, ESTILO DE VIDA, QUALIDADE DE VIDA E RELIGIOSIDADE DE UNIVERSITÁRIOS
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DOI: 10.22533/at.ed.62521101210
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Palavras-chave: Autocuidado; Qualidade de Vida; Estilo de Vida; Religiosidade/Espiritualidade; Universitários.
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Keywords: Self-care; Quality of life; Lifestyle; Religiosity/Spirituality; University students.
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Abstract:
The university period represents a major public health challenge, as it is a critical phase for the promotion and maintenance of health. It is common to experience increase in the level of stress and changes in many aspects of the lifestyle. Besides being, for many, the first time they live away from their family and initial social life, most university students experience increased responsibilities and chores, such as hours of study, complementary activities and scientific initiation. Exercising self-care is a challenge especially in the university phase. Low adherence to the vaccination schedule, self-medication and reduced sleep hours are unhealthy self-care habits frequently observed in university students. In addition, regular practice of physical activity usually occurs in less than half of young people who attend university. There is evidence that these students are more susceptible to weight gain in their first year at university due to stress, but the prevalence of overweight among them is lower than that of the general population. Poor hygiene and unhealthy eating habits are also observed in a portion of these students. Despite this, the lifestyle of university students is generally classified as “very good” to “excellent” by the studies available. Regarding religiosity and spirituality, studies indicate low to moderate scores, as opposed to quality of life, which is usually classified as “satisfactory” by university students. In conclusion, the changes that occur in this phase of life may contribute to unhealthy habits, however, the university period, which usually coincides with the beginning of adulthood, is a favorable moment for the construction of a healthy lifestyle, and this should be explored by educational institutions concerned with promoting the health of their students and future professionals.
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Número de páginas: 24
- Elisabete Venturini Talizin
- Natália Cristina de Oliveira Vargas e Silva
- Emily Müller Reis
- Larissa Giovanna da Silva
- Leslie Andrews Portes
