ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE HIDROCLOROTIAZIDA E O DESENVOLVIMENTO DE MELANOMA
Estudos recentes apontam forte relação entre o uso da hidrocloratiazida (droga diurética e anti-hipertensiva) com o risco de desenvolver melanoma devido a sua característica fotossensibilizadora sobre a pele. O objetivo desse trabalho é evidenciar a associação entre o uso de hidrocloratiazida e o aumento do risco de aparecimento do melanoma. A metodologia foi um levantamento bibliográfico com artigos publicados no período de 2016 a 2019 nas bases de dados eletrônicos de confiabilidade científica PubMed, Medline, Science Direct e revistas especializados no assunto. Foram encontrados 4 estudos pertinentes sobre o tema, onde identificou-se que a hidroclorotiazida é classificada como um medicamento carcinogênico pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. À medida que a exposição à luz ultravioleta aumenta os danos das células da pele, a administração concomitante a longo prazo da hidroclorotiazida conduz a um aumento da probabilidade de malignidade cutânea, incluindo o desenvolvimento de melanoma. Foi realizada uma meta-análise envolvendo pacientes com melanoma na Dinamarca. A população total do estudo foi de 19.273 casos e 192.730 controles; entre esses, 413 casos (2,1%) e 3.406 controles (1,8%) foram classificados como usuários de altas doses cumulativas de hidroclorotiazida (≥ 50.000 mg), resultando em odds ratio (OR) ajustado de 1,22 para melanoma. Portanto, sugere-se que o uso de hidroclorotiazida está associado ao aparecimento de melanoma. Mais estudos de grandes proporções, principalmente nacionais, são necessários para confirmar os achados. Portanto, a indicação de que o uso de hidroclorotiazida aumenta o risco de melanoma pode ter relevância clínica relacionada à escolha medicamentosa, particularmente para pacientes com fatores de risco para melanoma.
ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE HIDROCLOROTIAZIDA E O DESENVOLVIMENTO DE MELANOMA
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DOI: 10.22533/at.ed.0702023043
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Palavras-chave: Melanoma; hidroclorotiazida; associação; risco.
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Keywords: Melanoma; hydrochlorothiazide; Association; risk.
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Abstract:
Recent studies show a strong relationship between the use of hydrochlorathiazide (diuretic and antihypertensive drug) and the risk of developing melanoma due to its photosensitizing feature on the skin. The aim of this paper is to show the association between the use of hydrochlorathiazide and the increased risk of melanoma onset. The methodology was a bibliographic survey with articles published from 2016 to 2019 in the electronic databases of scientific reliability PubMed, Medline, Science Direct and journals specialized in the subject. Four pertinent studies were found on the subject, which identified that hydrochlorothiazide is classified as a carcinogenic drug by the International Agency for Research on Cancer. As exposure to ultraviolet light increases skin cell damage, long-term concomitant administration of hydrochlorothiazide leads to an increased likelihood of skin malignancy, including the development of melanoma. A meta-analysis was performed involving melanoma patients in Denmark. The total study population was 19,273 cases and 192,730 controls; Among these, 413 cases (2.1%) and 3,406 controls (1.8%) were classified as users of high cumulative doses of hydrochlorothiazide (≥ 50,000 mg), resulting in an adjusted odds ratio (OR) of 1.22 for melanoma. . Therefore, it is suggested that the use of hydrochlorothiazide is associated with the onset of melanoma. More large studies, mainly national, are needed to confirm the findings. Therefore, the indication that hydrochlorothiazide use increases the risk of melanoma may have clinical relevance related to drug choice, particularly for patients with melanoma risk factors.
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Número de páginas: 10
- Alana Vechiato Kempfer
- Bianca Sousa Fernandes
- Claudia Spaniol
- Gabrielle Ferreira
- Graziela Társis Araújo Carvalho
- Isadora Werner Macedo
- Luana Limas de Souza
- Nichollas de Lorenzi Carvalho
- Talita Granemann Mello
- Andre Chaves Calabria
