Aspectos Socioeconômicos Relacionados à Prevalência da Depressão Pós-Parto
Objetivos: conhecer a prevalência
de indicativos de depressão pós-parto DPP em
mães de filho (a) único (a) com 0 a 42 meses de
idade, gestação e parto (vaginal ou cirúrgico)
sem intercorrências, não institucionalizados,
sendo cuidados por parentes de primeiro grau
e comparar a relação entre incidência da DPP
e características socioeconômicas da mãe.
Métodos: utilizou-se o Escala de Depressão
Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) em sua versão
brasileira adaptada e validada por Santos
(1995) e Questionário Sócio demográfico.
Para a avaliação estatística, usou-se o Teste
de Correlação de Spearman, com significância
estatística de 5%, α < 0,05. Resultados: foram
selecionadas 82 mães, dentre as quais 20,73%
apresentaram indicativos de depressão.
Apresentou-se como possível risco para a
depressão no período pós-parto os seguintes
fatores: baixa renda, baixa escolaridade, faixa
etária entre 20 a 30 anos, estado civil “namoro”,
ausência de participação em aulas preparatórias
ou de grupos apoio materno-infantil, via de parto
cesáreo, ausência de acompanhante durante o
parto, bebê do sexo masculino. Conclusões:
embora novos estudos sejam necessários para
melhor caracterizar a prevalência e fatores de
risco de risco associados à DPP no Brasil, as
evidências disponíveis justificam uma atenção
prioritária para os agravos à saúde mental
materna no âmbito da saúde pública no país.
Aspectos Socioeconômicos Relacionados à Prevalência da Depressão Pós-Parto
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DOI: 10.22533/at.ed.2751918024
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Palavras-chave: Depressão Pós-Parto; Epidemiologia; Condições Socioeconômicas.
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Keywords: Postpartum Depression; Epidemiology; Socioeconomic Conditions.
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Abstract:
Objectives: to know the prevalence
of postpartum depression (PPD) in mothers of
single childs with 0-42 months of age, gestation
and delivery without intercurrences, noninstitutionalized and cared for by relatives of first
degree and to compare the relationship between the incidence of PPD and socioeconomic characteristics of the mother. Methods: The
Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) and a Sociodemographic Questionnaire
were used. For the statistical evaluation, the Spearman Correlation Test was used with
a statistical significance of 5%, α <0.05. Results: 82 mothers were selected, of which
20.73% presented indicatives of depression. Factors were presented as a possible
risk for depression in the postpartum period: low income, low schooling, age 20 to 30
years, marital status defined as “dating”, absence in preparatory classes or maternal
support groups, cesarean delivery, absence of companion during delivery, male baby.
Conclusions: Although new studies are needed to better characterize the prevalence
and risk factors associated with PPD in Brazil, the available evidence justifies a priority
attention to the aggravations in maternal mental health in matters of Brazilian public
health.
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Número de páginas: 15
- Márcia Berbert-Ferreira
- Miria Benincasa Gomes
- Adriana Navarro Romagnolo
- Michelle Cristine Tomaz
- Sara Silva de Brito