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capa do ebook ASPECTOS GERAIS DA LEPTOSPIROSE EM HUMANOS

ASPECTOS GERAIS DA LEPTOSPIROSE EM HUMANOS

A leptospirose é uma doença infecciosa febril naturalmente transmissível entre os animais vertebrados (domésticos e silvestres) e o homem, de curso agudo a crônico, e possui grande importância como problema econômico e de saúde pública. Seu espectro clínico pode variar desde inaparente até formas graves. É causada por bactérias do gênero Leptospira, que são bacilos helicoidais móveis estritamente aeróbios com extremidades típicas em forma de gancho, medindo 0,1 mm de diâmetro e 6 a 12 mm de comprimento, gram-negativos e podem ser vistos através de microscopia em campo escuro. A leptospirose ocorre em áreas rurais e áreas urbanas, em regiões de clima tropical e subtropical e no Brasil, a doença tem caráter endêmico, sendo comuns surtos epidêmicos na época das chuvas. Seu ciclo de transmissão é iniciado com a eliminação das leptospiras através da urina dos animais reservatórios, que passam a contaminar a água e o solo, facilitando a disseminação da doença mediante o contato direto ou indireto com a urina ou sangue dos animais portadores, sendo em sua maioria roedores e mamíferos. Os ratos são os principais reservatórios da doença. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves, divididos em duas fases – e precoce e tardia. No Brasil, a Região Sul teve o maior número de casos confirmados no ano de 2019, devido ao clima, ao regime de chuvas e as grandes áreas plantio de grãos dos estados que compõe a região, o que favorece o aumento da população de roedores. O diagnóstico pode ser realizado através do diagnóstico diferencial de outras doenças febris tropicais e a análise laboratorial; os testes convencionais incluem microscopia direta, cultura e o método padrão de referência mais amplamente utilizado - o teste de aglutinação microscópica. Exames adicionais, como radiografia de tórax, eletrocardiograma e gasometria arterial também podem ser úteis; ou métodos sorológicos como ELISA-IgM e a microaglutinação. Entre as medidas de controle se destacam evitar o contato com água ou lama advindas de enchentes e esgotos e a proliferação dos roedores, evitar deixar alimentos descobertos, além de prevenir enchentes, e instruir a população sobre a doença. O tratamento é baseado em terapia antimicrobiana, sendo indicada em qualquer fase da doença.

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ASPECTOS GERAIS DA LEPTOSPIROSE EM HUMANOS

  • DOI: 10.22533/at.ed.6932103095

  • Palavras-chave: Leptospira sp; infecção em humanos; leptospirose precoce e tardia

  • Keywords: Leptospira sp; infection in humans; early and late leptospirosis

  • Abstract:

    Leptospirosis is a febrile infectious disease naturally transmissible between vertebrate animals (domestic and wild) and humans, from acute to chronic, and is of great importance as an economic and public health problem. Its clinical spectrum can range from inapparent to severe forms. It is caused by bacteria of the genus Leptospira, which are strictly aerobic mobile helical bacilli with typical hook-shaped ends, measuring 0.1 µm in diameter and 6 to 12 µm in length, gram-negative and can be seen through microscopy in dark field. Leptospirosis occurs in rural and urban areas, in tropical and subtropical climate regions, and in Brazil, the disease is endemic, with epidemic outbreaks being common in the rainy season. Its transmission cycle starts with the elimination of leptospires through the urine of reservoir animals, which start to contaminate the water and soil, facilitating the spread of the disease through direct or indirect contact with the urine or blood of carrier animals, being in mostly rodents and mammals. Rats are the main reservoir of the disease. Clinical manifestations range from asymptomatic and subclinical forms to severe clinical conditions, divided into two phases – early and late. In Brazil, the Southern Region had the highest number of confirmed cases in 2019, due to the climate, the rainfall regime and the large grain plantation areas in the states that make up the region, which favors the increase in the rodent population. Diagnosis can be made through differential diagnosis of other tropical febrile illnesses and laboratory analysis; conventional tests include direct microscopy, culture, and the most widely used standard reference method - the microscopic agglutination test. Additional tests such as chest X-rays, electrocardiograms, and arterial blood gases may also be helpful; or serological methods such as ELISA-IgM and microagglutination. Control measures include avoiding contact with water or mud from floods and sewage and the proliferation of rodents, avoiding leaving food uncovered, in addition to preventing floods, and educating the population about the disease. Treatment is based on antimicrobial therapy, being indicated at any stage of the disease.

  • Número de páginas: 15

  • Letícia Batista dos Santos
  • Amanda de Oliveira Sousa Cardoso
  • Antonio Rosa de Sousa Neto
  • Mayara Macêdo Melo
  • Daniela Reis Joaquim de Freitas
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