ASPECTOS DA VISÃO BAKHTINIANA SOBRE OS ESTUDOS DA LINGUAGEM
O presente trabalho destina-se a refletir sobre algumas contribuições para os estudos da linguagem derivadas do corolário bakhtiniano. Em especial, é dado destaque para a característica dialógica da expressividade humana, bem como ao desenvolvimento dos conceitos de “enunciado” e “gêneros do discurso” por parte do pensador russo. A sua experiência como pesquisador em certa medida influiu para que promovesse concepções que buscassem ultrapassar a redoma na qual está envolto o sistema linguístico, de modo a procurar expandir o olhar para além de convencionalismos teóricos e, assim, perceber, em sua concretude, a língua como um instrumento de caráter social, empregada cotidianamente por seus falantes com diferentes intencionalidades e estilos peculiares dentro de um contexto comunicativo. Tal pressuposto requisita o estabelecimento de uma atenção elementar para a figura do “outro”, que não se constitui num receptor passivo quando é instaurada qualquer interação entre emissor e ouvinte. Assumir a veracidade desse princípio possibilita que se construa uma compreensão mais acurada acerca do funcionamento da língua.
ASPECTOS DA VISÃO BAKHTINIANA SOBRE OS ESTUDOS DA LINGUAGEM
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DOI: 10.22533/at.ed.8072108063
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Palavras-chave: Falante. Ouvintes. Enunciado. Dialogismo. Gêneros do discurso.
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Keywords: Speaker. Audience. Utterance. Dialogism. Speech genres.
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Abstract:
This text reflects about some contributions to language studies produced by Mikhail Bakhtin. We center our analysis on the human dialogic process, as well as on the utterance and speech genres concepts developed by Bakhtin. In a certain way, his experience as researcher influenced the creation of a point of view beyond the linguistic system and the theoretical conventionalism. The result of that way of thinking allows us to understand the language as a concrete social instrument, because the speakers peculiarly use it every day, moved by different intentions. This presupposition requests a special attention to another human being, because he is not a passive receiver when the social interaction occurs as previously thought. If we will admit this truth, we understand better how to language works.
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Número de páginas: 10
- TIAGO PELLIZZARO
