ASPECTOS BIOÉTICOS RELACIONADOS ÀS PRÁTICAS ASSISTENCIAIS EM FIM DE VIDA
Neste artigo, será abordado o
conceito e as implicações na atualidade de morrer
com dignidade, a partir dos aspectos bioéticos
envolvidos nestas questões e que, muitas
vezes, dificultam a tomada de decisões pela
equipe multiprofissional. Os avanços técnicos
e científicos ampliaram o conhecimento da
fisiologia humana, fisiopatologia, farmacologia,
entre outros e foram, portanto, determinantes
para o prolongamento da vida. No entanto, nem
sempre esse prolongamento acontece com
qualidade de vida e respeito às necessidades
dos pacientes e, além disto, favorece a morte
institucionalizada, em hospitais, especialmente
nas UTI. A maioria dos profissionais é
educada para interpretar a vida humana
como fenômeno estritamente biológico e se
vale de toda a tecnologia para perseguir essa
ideia equivocada, desta forma, acaba sendo
praticada nas UTI a obstinação terapêutica.
Essa prática clínica constitui um assunto
polêmico no campo da bioética, sendo descrita
no dicionário da bioética como morte difícil ou
penosa. A equipe multiprofissional passou a
enfrentar decisões de recusa ou suspensão
de tratamentos considerados fúteis ou inúteis,
devido a uma tendência crescente de se buscar
o “morrer com dignidade”, mais do que retardar
inutilmente e prolongar o sofrimento do paciente.
Assim, a equipe multiprofissional, deve procurar
disponibilizar aos seus pacientes, vítimas de
doenças sem possibilidade de cura, melhores
práticas clínicas, como os Cuidados Paliativos
(CP) que poderão possibilitar a minimização do
sofrimento durante o processo de morrer.
ASPECTOS BIOÉTICOS RELACIONADOS ÀS PRÁTICAS ASSISTENCIAIS EM FIM DE VIDA
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DOI: 10.22533/at.ed.46419200811
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Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Morte Digna, Obstinação Terapeutica.
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Keywords: Palliative Care, Dignified Death, Therapeutic Obstination.
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Abstract:
In this article, the concept
and implications of dying with dignity will be
approached from the bioethical aspects involved
in these issues and that, often, make it difficult for
the multiprofessional team to make decisions.
Technical and scientific advances have
broadened knowledge of human physiology,
pathophysiology, pharmacology, among others and were therefore determinants for the
prolongation of life. However, this extension does not always occur with quality of life and
respect for patients needs and, in addition, favors institutionalized death in hospitals,
especially in ICUs. Most professionals are educated to interpret human life as a strictly
biological phenomenon and use all the technology to pursue this misconception, in
this way due to this mindset therapeutic obstinacy is practice in the ICUs. This clinical
practice was a controversial subject in the field of bioethics as a difficult or painful
death. The multiprofessional team began to face decisions of refusal or suspension
of treatments considered futile or useless, due to an increasing tendency to seek the
“die with dignity”, rather than unnecessarily delaying and prolonging the suffering of
the patient. Thus, the multiprofessional team should seek to make available to their
patients, victims of diseases without possibility of cure, better clinical practices, such
as Palliative Care (CP), which may allow the minimization of suffering during the dying
process.
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Número de páginas: 15
- Andréa Pires Muller
- Carla Corradi Perini
- Paula C P Muller Maingué