AS REPERCUSSÕES DA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO PADRÃO DE SAÚDE-DOENÇA DA POPULAÇÃO NEGRA NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
Escravizados, humilhados e
transportados sem as mínimas condições
de higiene, assim era a vida de parcela da
população africana que era enviada às terras
brasileiras. Diariamente dezenas de navios
negreiros aportavam trazendo consigo negros
escravizados. Sem as mínimas condições
humanas, muitos deles já chegavam doentes
e outros, devido uma baixa no sistema imune,
acabavam por adquirir posteriormente patologias
que lhe seriam fatais. Em meio às necessidades
de manter um contingente de negros aptos
ao trabalho, à necessidade de sobrevivência
da própria população e o sentimento de
solidariedade que permeava as relações dentro
da senzala, foi se formando o padrão de saúdedoença da população negra, tendo como
protagonistas as rezadeiras e benzedeiras, os
barbeiros e, em poucos casos, os médicos.
Essa construção inicial do padrão de saúdedoença tem repercussão no atual panorama da
saúde negra, de modo que uma análise histórica
é fundamental para compreender problemas de
saúde pública como o distanciamento dessa
parcela populacional dos serviços de saúde,
em especial das Unidades Básicas, a falta de
adesão à tratamentos médicos, a violência
obstétrica e o racismo institucional que permeia
as relações dentro da saúde pública brasileira.
AS REPERCUSSÕES DA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO PADRÃO DE SAÚDE-DOENÇA DA POPULAÇÃO NEGRA NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
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DOI: 10.22533/at.ed.91919050218
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Palavras-chave: Saúde; População Negra; Escravidão; Saúde Pública
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Luysa Gabrielly de Araujo Morais
- Regina Morais da Silva Araujo
- Lucas Paoly de Araujo Morais
- José João Araujo Neto
- Janice Alves Trajano