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AS RELAÇÕES DE PODER EM SALA DE AULA E POSSÍVEL SILENCIAMENTO

O presente trabalho apresenta uma análise possível de episódios produzidos em campo de pesquisa, construídos através de observações realizadas no período do Estágio não obrigatório realizado em uma escola da rede municipal de Salvador, no Programa Salvador Alfabetiza – Fluxo, que utiliza o Método Dom Bosco e tendo como pareamento outra experiência vivida em uma escola da rede particular de ensino da cidade do Salvador. As informações produzidas foram registradas em um diário de campo, realizando assim uma pesquisa Ação participativa, uma vez que o pesquisador está em lócus da pesquisa, focando nas relações de poder existentes em sala de aula, provocando assim, o silenciamento dos sujeitos. Os dados coletados nas observações demonstram que existem formas do silêncio que calam as relações que acontecem nesse ambiente. Um silêncio que constrange e distorce a expressividade dos sujeitos que integram esse espaço, causando o silenciamento, sendo essa uma forma impositiva que inibe a fala do sujeito. Esta pesquisa traz para o diálogo teóricos como Wallon que vê o homem como ser social e afetivo, Foucault que orienta o pensamento das relações de poder na sociedade tendo o micropoder como tema central e Orlandi, que estuda as diversas formas do silêncio, contribuindo para o entendimento dos silenciamentos que ocorrem na sala de aula e embasa este trabalho. Diante dessa perspectiva, questiona-se em que dimensão as relações de poder em sala de aula possibilitam o silenciamento? Tendo como objetivos identificar que fatores geram o silenciamento em sala de aula e demonstrar que a afetividade pode viabilizar o diálogo inibindo o silenciamento em sala de aula. O silenciamento ainda precisa ser visto como um entrave nas relações em sala de aula pois, o poder envolvido nessa relação podendo ser compartilhada de saberes entre os sujeitos e que no silêncio ainda existe uma comunicação a ser percebida.
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AS RELAÇÕES DE PODER EM SALA DE AULA E POSSÍVEL SILENCIAMENTO

  • DOI: 10.22533/at.ed.9552314111

  • Palavras-chave: Relações de Poder; Sala de aula; Silenciamento; Silêncio; Sujeitos.

  • Keywords: Power Relations; Classroom; Silencing; Silence. Subjects

  • Abstract: This work introduces a possible analysis of episodes produced in the research field, constructed through observations made during the period of the optional internship, carried out in a municipal school in Salvador, in the Salvador Program Alphabetizes – Flow, that it uses the method Dom Bosco and having as a paring other experience lived in a private school in the city of Salvador. The information produced were recorded in a field diary, thus carrying out a participatory action research, once the researcher is at the research locus, focusing on the power relations there are in the classroom, causing the silencing of subjects. The data collected in the observations demonstrate that there are forms of silence that silence the relationships that take place in this environment. A silence that constrains and distorts the expressiveness of the subjects who integrate this space, causing the silencing, this being an imposing form that inhibits the subject’s speech. This research brings to the dialogue theorists such as Wallon who sees the man as social and affective, Foucault who guides the thinking of power relations in society with micropower as a central theme and Orlandi who studies the different forms of silence, contributing to the understanding of silencing that happens in the classroom and base this work. Given this perspective, the question is: what dimension the power relations in the classroom make silencing possible? Aiming to identify which factors generate silencing in the classroom and demonstrate that affectivity can enable dialogue by inhibiting silencing in the classroom. The silencing still needs to be seen as an obstacle in the relationships in the classroom because the power involved in this relationship can be shared knowledge between the subjects and that in the silence there is still a communication to be perceived.

  • Maria José Pitanga Suzart da Silva
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