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AS MULHERES NA SAGA DO GRAAL: UMA INTERPRETAÇÃO DE NARRATIVAS MÍTICAS DO SAGRADO FEMININO

A saga arturiana possui muitas versões e elementos pré-cristãos e cristãos podem ser observados na mesma. O Graal pode ter sido no passado uma referência ao antigo caldeirão druídico, porém, segundo alguns simbologistas, foi gradativamente sendo incorporado – até ser definitivamente transformado – ao cálice que portou o sangue de Cristo vertido pelo seu ferimento no momento da crucificação. Este trabalho tem por objetivo desenvolver um panorama do simbolismo das personagens femininas presente nas antigas narrativas do Graal na saga arturiana e compreender como esse cálice sagrado, além da versão cristã, pode ter representações em antigos mitos e lendas de alguns povos celtas (das regiões da atual Inglaterra, Irlanda, Escócia, País de Gales, etc.) ligados ao divino feminino. Esse estudo será desenvolvido através de uma análise mitológica, pelas teorias de Joseph Campbell; pela interpretação do sagrado feminino desses mitos célticos feita pela psicanálise junguiana de Edward Whitmont; pelo estudo de mitologias comparadas e de literaturas correlatas. Percebe-se que a representação e importância das mulheres na saga ficam mais próximas da tradição celta, pois são as sacerdotisas, as portadoras e guardiãs dos mistérios do Graal. Elas são parte crucial dentro da saga, pois testam os heróis para verificar quem pode servir ao Graal, quem é digno dele, além delas terem paralelos com antigas Deusas célticas. Esse estudo pode corroborar com a interpretação de antigas culturas pré-cristãs e o possível papel da mulher nelas, bem como entender como esse discurso tem sido reestruturado na contemporaneidade com fins de valorização do papel sacerdotal feminino.

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AS MULHERES NA SAGA DO GRAAL: UMA INTERPRETAÇÃO DE NARRATIVAS MÍTICAS DO SAGRADO FEMININO

  • DOI: 10.22533/at.ed.1662315083

  • Palavras-chave: mulheres, saga, graal, mistérios, deusas

  • Keywords: women, saga, grail, mysteries, goddesses

  • Abstract:

    The Arthurian saga has many versions and pre-Christian and Christian elements can be observed in it. The Grail may have in the past been a reference to the old Druid cauldron, but according to some symbologists it was gradually being incorporated – until finally being transformed – into the chalice that carried the blood of Christ shed by its wound at the time of the crucifixion.
    This work aims to develop a panorama of the female characters symbolism present in the ancient Grail narratives in the Arthurian saga and to understand how this sacred chalice, besides the Christian version, can have representations in ancient myths and legends of some Celtic people (from regions of current England, Ireland, Scotland, Wales, etc.) linked to the divine feminine. This study will be developed through a mythological analysis, by the theories of Joseph Campbell; by the interpretation of the sacred feminine of these Celtic myths made by the Jungian psychoanalysis of Edward Whitmont; by the study of comparative mythologies and related literatures. It is perceived that the representation and importance of women in the saga are closer to the Celtic tradition, for they are the priestesses, the bearers and guardians of the mysteries of the Grail. They are a crucial part of the saga, as they test the heroes to see who can serve the Grail, who is worthy of it, and they also have parallels with ancient Celtic goddesses. This study can corroborate with the interpretation of ancient pre-Christian cultures and the possible role of women in them, as well as understand how this discourse has been restructured in the contemporary times for the purpose of valuing the female priestly role.

  • Denise Santos de Figueiredo Vale
  • Lidia Maria da Costa Valle
  • Willa da Silva dos Prazeres
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