AS LIGAS ACADÊMICAS DE MEDICINA E A FORMAÇÃO MÉDICA NO SUS
A Diretriz Curricular Nacional dos Cursos de Medicina preconiza que a formação médica deve estar baseada na atenção, gestão e educação em saúde para que o profissional seja capaz de entender o paciente em sua integralidade e aplicar o conceito de saúde ampliada defendido nos princípios do SUS. Assim, esse trabalho objetiva, a partir das experiências vivenciadas em Ligas Acadêmicas (LA), discutir a importância destas na formação médica no SUS. As LA são organizações estudantis que seguem o tripé do ensino, pesquisa e extensão, possuindo caráter extracurricular e complementar, sendo uma forma de acesso à prática médica de forma precoce nos diversos níveis de atenção à saúde, além de possibilitar o contato com diversas especialidades e profissionais. Essas atividades realizadas pelos ligantes são supervisionadas por profissionais de saúde criando um ambiente multidisciplinar. Durante as práticas, os princípios do SUS, como integralidade, equidade e universalidade servem como norteadores, uma vez que os pacientes são conduzidos com os recursos disponíveis, de maneira individual e o mais justa possível. Assim, o aluno pode aprender o manejo dos pacientes dentro das unidades de saúde do SUS com casos reais, colocando o acadêmico na experiência de gestor de recursos e cuidados, no qual sem a participação em uma LA, essa oportunidade apareceria somente no estágio obrigatório e, mesmo assim, alguns cenários de práticas poderiam ser deficitários. Ainda, o contato com situações reais estimula a busca por conhecimentos além dos ensinados em sala de aula. Desse modo, ser integrante de LA contribui para um aprendizado ativo, multiprofissional, colocando o aluno em um cenário real de atuação, na expectativa de uma formação mais humana e baseada em evidências no contexto, principalmente, do sistema público de saúde.
AS LIGAS ACADÊMICAS DE MEDICINA E A FORMAÇÃO MÉDICA NO SUS
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DOI: 10.22533/at.ed.26920250914
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Palavras-chave: SUS; Aprendizado Ativo; Multiprofissional.
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Keywords: Unified Health System; Medical Education; Patient Care Team.
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Abstract:
The National Curricular Guideline for Medical Courses recommends medical training should be based on health care management and education, enabling professionals to understand patients holistically by applying the concept of Expanded Health advocated by the principles of the Unified Health System in Brazil (UHS). Thus, this paper tries to objectively discuss the importance of academic leagues (AL) experiences for medical education in UHS. The AL are student organizations based on the teaching, research and extension fundamentals, providing an early-stage complementary hands-on approach to medical practice at different levels of care. In addition, students may have contact with the various medical specialties and connect to other medical professionals. The activities performed by league members are supervised by health professionals in a multidisciplinary environment. During training, SUS principles, such as comprehensiveness, equity, and universality, work as guidelines for managing patients through available resources as fairly as possible. Furthermore, students may learn how to provide care within different UHS health care levels through real cases and resource management experience. Without participation in and AL, this opportunity would be available only in the mandatory stage and even so, lacking some practice scenarios. Also, contact with real situations stimulates the search for knowledge beyond those taught in the classroom. In conclusion, being a member of an AL contributes to active, multi-professional learning, placing students in a real action scenario, in the expectation of a more humane and evidence-based education, especially in the public health system.
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Número de páginas: 13
- Álvaro Luiz Vieira Lubambo de Britto
- Carlos Ramon da Anunciação Rocha
- Gabriel dos Santos Dias
- Joyce Alencar Andrade
- Mariana de Souza Novaes Barros
- Rebecca Leão Feitoza de Brito
- Adeildo de Sousa Magalhães
